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Política

Polícia Federal prende Walter Braga Netto por obstrução à Justiça

Ex-vice de Bolsonaro na chapa de 2022 é alvo de investigação de golpe de Estado

14 dez 2024 - 07h09
(atualizado às 07h55)
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General Walter Braga Netto
General Walter Braga Netto
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

A Polícia Federal prendeu neste sábado, 14, Walter Braga Netto, ex-vice de Bolsonaro na chapa de 2022. Ele é apontado como o "arquiteto do golpe"  e uma peça central no inquérito que apura o planejamento de um golpe de Estado após o resultado da última eleição presidencial.

Segundo a PF, foram cumpridos mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em "face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022". 

Entre estes mandados estão um de prisão preventiva, dois de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão contra indivíduos que, de acordo com a PF, estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.

Braga Netto, que é general da reserva do Exército, foi preso no Rio de Janeiro, em Copacabana, e será entregue ao Comando Militar do Leste. Ele ficará sob custódia do Exército. O militar também foi ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro. 

A jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, revelou que Braga Netto atuou no financiamento de ações ilícitas, fornecendo recursos financeiros em uma sacola de vinhos no período em que planejava o golpe de Estado.

A Polícia Federal indiciou 40 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no âmbito da operação que investiga uma tentativa de golpe de Estado. Agora, cabe a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar os indiciamentos. A previsão é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresente, em meados de fevereiro, as denúncias ao STF contra os indiciados.

*Matéria em atualização

Fonte: Redação Terra
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