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Política

Polícia tenta prender ex-senador Telmário Mota em investigação sobre assassinato

30 out 2023 - 11h02
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A Polícia Civil de Roraima tenta prender o ex-senador Telmário Mota na investigação sobre o assassinato da mãe de sua filha. Ele é suspeito de ser o mandante do crime. Outros dois homens também são procurados - Harrison Nei Correa Mota, sobrinho do ex-senador, apontado como responsável pelo planejamento e logística do crime, e Leandro Luz da Conceição, que seria o executor.

Além das prisões, a Justiça de Roraima autorizou buscas em sete endereços ligados aos investigados. A operação tem apoio da Polícia Militar, da Secretaria de Segurança Pública e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Os mandados são cumpridos em Boa Vista, Caracaraí e Brasília.

A investigação foi aberta para chegar aos responsáveis pelo assassinato de Antônia Araújo de Sousa, mãe de uma filha do ex-senador. A jovem de 17 anos acusou Telmário de estupro no ano passado. A adolescente narrou que ele tentou tirar sua roupa em um passeio no Dia dos Pais. Antônia ficou ao lado da filha na denúncia. Quando o caso veio a público, ele negou as acusações e disse ser vítima de perseguição de adversários políticos.

Antônia foi morta com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro no bairro Senador Hélio Campos, na zona oeste de Boa Vista, por dois homens em uma moto. Ela foi abordada quando saía de casa para trabalhar. Um deles perguntou seu nome e, ao confirmar a identidade, atirou.

Duas pessoas próximas a Telmário o colocaram no centro das suspeitas da Delegacia Geral de Homicídios. Uma assessora do ex-senador foi vista indo entregar a moto aos assassinos um dia antes do crime. Os investigadores também descobriram que a moto foi comprada pelo sobrinho do ex-senador.

A assessora não foi presa nesta etapa, mas deve cumprir medidas cautelares, como a proibição de contato com os investigados.

Telmário Mota ocupou uma cadeira no Senado entre 2015 e 2022, mas não foi reeleito nas eleições do ano passado.

Defesa

A reportagem busca contato com o ex-senador. O espaço está aberto para manifestação.

Estadão
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