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Política

Popularidade do governo Dilma sobe e atinge 37%, diz pesquisa do Ibope

Confiança na presidente também apresentou recuperação e foi a 52%

27 set 2013 - 11h15
(atualizado às 11h52)
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A aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff subiu seis pontos percentuais e atingiu 37%, aponta uma pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta sexta-feira. No levantamento anterior, feito em julho, o governo tinha um índice de aprovação de 31%.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores com mais de 16 anos em 142 municípios entre os últimos dias 14 e 17 deste mês. O índice de eleitores que consideraram o governo “bom ou ótimo” foi de 37%, contra 39% que consideraram o governo como “regular” e 22% que avaliaram como “ruim ou péssimo”.

Dilma voltou a contar com a aprovação de mais da metade da população. O percentual dos que aprovam sua maneira de governar passou de 45% na pesquisa de julho para 54% no levantamento atual. O índice de quem desaprova a forma de governar da presidente caiu de 49% para 40% no levantamento atual.

O percentual de entrevistados que diz “confiar” na presidente também voltou a subir. Passou de 45% em junho para 52% em julho. O percentual dos que não confiam na presidente caiu de 50% para 43%.

No que diz respeito ao restante do governo, as expectativas da população não são muito diferentes da avaliação atual. O percentual dos que esperam que o restante do governo seja "ótimo ou bom" subiu de 34% para 39%, enquanto o percentual que acredita que será "ruim ou péssimo" caiu de 31% para 23%.

Áreas de atuação

A avaliação do governo Dilma por área de atuação mostrou que, apesar da confiança na presidente ter voltado a crescer, as políticas promovidas ainda têm avaliação negativa da população. Apenas uma das nove áreas avaliadas tem avaliação positiva: combate à fome e à pobreza. A saúde tem o pior desempenho, de acordo com o levantamento. A área foi assinalada por 77% dos entrevistados. Segurança pública aparece em segundo lugar, com 74%, seguida pelo excesso de impostos, com 73%.

Ainda segundo o levantamento, a taxa de juros aparece como a quarta maior reclamação da população. O percentual de aprovação da política monetária caiu 16 pontos desde a sondagem de junho, de 39% para 23%, e o de desaprovação subiu de 54% para 71%. O combate à inflação também continua sendo uma grande preocupação, uma vez que 68% dos entrevistados desaprovam a condução do governo nessa área.

O percentual de aprovação das políticas e ações na área de educação também caiu de 47% para 33%, enquanto o de desaprovação subiu de 51% para 65%. Já a forma como o governo lida com o meio ambiente foi reprovada por 52% dos entrevistados, enquanto 41% aprovam a condução das políticas nessa área.

Noticiário

A percepção da população sobre o noticiário também voltou aos patamares normais verificados antes das manifestações populares de junho e julho. A proporção dos entrevistados que perceberam que as notícias eram mais desfavoráveis ao governo Dilma caiu de 55% para 31%. Para 12% as notícias foram mais favoráveis e para 43% as notícias não foram nem favoráveis nem desfavoráveis.

As notícias sobre a espionagem americana dominaram a memória dos entrevistados. Dentre os ouvidos pela pesquisa, 21% citaram uma notícia referente a esse episódio. Em seguida, notícias sobre políticas e programas sociais foram mais lembradas, com destaque para o programa Mais Médicos, lembrado por 18% da população. As manifestações populares continuam em destaque. Notícias sobre o tema foram lembradas por 14% dos entrevistados.

De acordo com o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, apesar de a expectativa ser boa e o programa Mais Médicos ser bem lembrado pelos entrevistados, o paralelo com a percepção da população em relação aos problemas enfrentados na área da saúde mostram que o governo ainda precisará investir mais no setor.

“O programa não começou. O fato de ter um programa novo não muda a percepção da população porque ainda não teve um impacto positivo. O governo sinalizou que está preocupado com uma das demandas mais fortes da população, mas ainda teremos de ver o que vem pela frente”, explica Fonseca.

As medidas econômicas do governo e as notícias sobre a economia brasileira foram lembradas, respectivamente, por 8% e 9% dos entrevistados. O destaque são notícias sobre o aumento da inflação, apontadas por 5%, e o preço da gasolina, lembradas por 2% dos entrevistados.

As notícias sobre corrupção voltaram com mais força à pauta com temas como o mensalão, a não cassação do deputado federal Natan Donadon e denúncias de corrupção no Banco do Brasil. Dentre os entrevistados, 8% citaram notícias sobre corrupção não ligada diretamente ao atual governo, como o o próprio mensalão e o cartel em licitações do Metrô SP e CPTM, e 3% de notícias relacionadas ao atual governo, como as investigações sobre desvios no Ministério do Trabalho.

Fonte: Terra
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