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Política

Por união, Moro diz que conversa com outros nomes da 3ª via

"Queremos aglutinar, trazer outras pessoas, somar e evitar extremos", declarou

20 nov 2021 - 20h17
(atualizado às 20h49)
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Sergio Moro participa de painel durante o segundo dia Congresso Nacional do MBL, em São Paulo
Sergio Moro participa de painel durante o segundo dia Congresso Nacional do MBL, em São Paulo
Foto: BRUNO ROCHA/ENQUADRAR / Estadão

Durante evento do Movimento Brasil Livre (MBL) neste sábado, 20, o ex-juiz Sergio Moro afirmou que mantém diálogo com outros presidenciáveis da chamada 'terceira via' e não descartou uma aglutinação entre os nomes. "Eu tenho conversado com todos os nomes, acho que a união deve ser feita em cima de um projeto consistente para o País", disse.

"Queremos aglutinar, trazer outras pessoas, somar e evitar extremos", continuou.

Na sexta-feira, o deputado Kim Kataguiri (DEM), um dos líderes do MBL, hesitou em cravar um nome ao ser questionado quem o movimento apoiará em 2022. Momentos antes, ele havia dito que o grupo "tem de ser ambicioso e eleger o próximo presidente da República".

Neste sábado, porém, o apoio do movimento ao jurista foi evidente. Moro foi apresentado por Adelaide Oliveira como o "próximo presidente do Brasil", e sua entrada no palco do evento foi ovacionada pelos presentes, que gritavam seu nome em coro.

O grupo projeta também um palanque para o deputado estadual Arthur do Val (Patriota), que irá se lançar candidato ao governo de São Paulo no ano que vem. Ao final do evento, Adelaide chamou do Val ao palco e, ao lado de Moro, disse que ali estavam os futuros presidente da República e governador paulista.

Quando o ex-juiz foi questionado pelo apresentador Danilo Gentili, responsável por entrevistá-lo no painel, se de fato será candidato, a plateia irrompeu em gritos de "sim!" e "Moro presidente".

Em resposta, o ex-juiz repetiu que está "pronto para liderar o projeto" e defendeu uma agenda anticorrupção para o País, fazendo críticas ao PT nessa seara. Ele citou seu histórico nos processos da Operação Lava Jato como um fator que pesa a seu favor, e disse não se ressentir com o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter sido considerado parcial no julgamento do ex-presidente Lula, embora faça críticas à Corte e considere sua suspeição um erro.

"O STF tem grandes méritos, mas os fatos estão documentados. Há uma tentativa de revisionismo histórico, mas a verdade é que a Petrobras foi saqueada como nunca antes na história desse país (durante os governos petistas)", afirmou.

Repetindo traços de seu discurso de filiação ao Podemos, o ex-ministro focou sua fala no combate à corrupção, seu principal ativo político. O jurista sustentou que deseja que o País "retorne à época em que havia esperança de que a impunidade não fosse regra".

Moro também defendeu acabar com o "nós contra eles", reforçando seu nome como alternativa à polarização Lula x Bolsonaro. Ele afirmou que seu projeto não será fundamentado na "agressão", como classifica o de seus dois principais adversários.

"Existe hoje uma atmosfera de intimidação nas redes sociais, as pessoas têm medo de dizer o que pensam. Isso é muito ruim para o País".

Estadão
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