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Política

Por voto para Lira, Bolsonaro exonera Tereza Cristina e Onyx

Deputados federais devem engrossar a votação de Arthur Lira, candidato apoiado pelo presidente, para presidente da Câmara dos Deputados

29 jan 2021 - 05h12
(atualizado às 07h33)
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A três dias da eleição que define o próximo presidente da Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro cumpriu a promessa de interferir diretamente na disputa no Legislativo. Bolsonaro exonerou, nesta sexta-feira, 29, os ministros da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), e da Cidadania, (DEM), Onyx Lorenzoni (DEM), que possuem assentos no Parlamento, para que participem da votação de 1º de janeiro. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União.

Ministra da Agricultura, Tereza Cristina 
08/12/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
Ministra da Agricultura, Tereza Cristina 08/12/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

As exonerações confirmam o movimento de investida de Bolsonaro, antecipado pelo Estadão, para emplacar o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) no comando da Câmara. O presidente e seu aliado se beneficiam do racha interno no DEM, que oficialmente declarou apoio ao candidato Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas vê parlamentares migrarem para o lado de Lira, como também mostrou reportagem do Estadão.

A volta de Tereza Cristina e Lorenzoni à Câmara garante mais votos para o candidato do presidente. Eles substituirão parlamentares do PSL - sigla que já declarou apoio a Lira - e do PSDB - que segue indeciso. Além disso, os votos certamente diminuirão ainda mais o índice de fidelidade partidária do DEM, que conseguiu confirmar - antes do retorno dos ministros - apenas 27% dos votos de sua bancada em favor de Baleia Rossi, como mostra o Placar da Eleição na Câmara, feito pelo Estadão.

No começo da semana, deputados baianos da bancada do DEM aderiram à candidatura de Lira. O grupo dissidente, comandado pelo presidente nacional do partido e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, provocou Rodrigo Maia, que afirmou que sigla pode pegar pecha de "partido da boquinha".

A crítica de Maia vem do fato de parte dos parlamentares que anunciaram apoio a Lira possuírem apadrinhados em órgãos como a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgãos federais de orçamentos robustos.

O Diário Oficial não traz a nomeação de substitutos para as pastas da Agricultura e da Cidadania.

Planalto libera R$ 3 bi em obras antes da eleição

Diante da disputa pelos comandos da Câmara e do Senado, o governo abriu o cofre e destinou R$ 3 bilhões para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em obras em seus redutos eleitorais. O dinheiro saiu do Ministério do Desenvolvimento Regional. O Estadão teve acesso a uma planilha interna de controle de verbas, até então sigilosa, com os nomes dos parlamentares contemplados com os recursos "extras", que vão além dos que já têm direito de direcionar.

Na planilha, informal e sem timbre, dos 208 deputados que já declararam apoio a Lira, conforme o Placar da Eleição, constam os nomes de 125. A oferta de recursos foi feita no gabinete do ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, órgão que virou o QG das candidaturas dos governistas na Câmara e no Senado.

Estadão
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