PR: sem surpresas, PDT se une a Gleisi e PSB fecha com Richa
PSB e PDT realizaram nessa sexta-feira suas convenções estaduais no Paraná. Enquanto o partido do presidenciável Eduardo Campos confirmou a manutenção da aliança com o governador Beto Richa (PSDB), firmada e renovada desde as eleições para a prefeitura de Curitiba em 2004, o PDT confirmou o apoio a Gleisi Hoffmann (PT), aliança que levou à eleição de Gustavo Fruet (PDT) na capital e que repete o palanque de 2010, quando o candidato foi Osmar Dias (PDT).
PSB/PSDB
Com a presença do governador, o PSB formalizou a aliança que cria uma situação curiosa, com o partido de um presidenciável (Campos) apoiando o partido de outro candidato à presidência (Aécio Neves, do PSDB).
Para o presidente do PSB paranaense, Severino Araújo, não há constrangimento e nem contradição. “Trabalharemos para eleger o Eduardo presidente e o Beto governador. E o PSDB nos garantiu que Eduardo terá palanque aqui. A propaganda já está sendo feita toda com ele e o Beto”, disse.
O partido também apoiará a candidatura de Alvaro Dias (PSDB) ao Senado, indicando Edson Casagrande como suplente. "O PSB decidiu manter a ata em aberto, para fechar apenas no dia 30 a questão das coligações nas eleições proporcionais. Temos candidatos suficientes para uma chapa própria, mas há o entendimento de que devemos estudar as coligações. O que posso garantir, é que não entraremos em chapão”, disse Severino.
PDT/PT
Coligação com o PT na chapa para deputado estadual e indicação do candidato ao Senado são as reivindicações do PDT na adesão à campanha de Gleisi Hoffmann. Ontem, a convenção definiu uma lista de três nomes a serem enviados ao PT para avaliar o possível candidato ao Senado: o vereador de Curitiba Jorge Bernardi, o deputado estadual André Bueno e o ex-deputado Léo de Almeida Neves.
Para a Câmara dos Deputados, no entanto, o partido deve lançar chapa pura.
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), disse que o Paraná parte para uma eleição acirrada e até brutalizada com a presença de três candidatos muito fortes. “É uma eleição aberta e um cenário inédito. O debate será muito intenso, mostrando que não houve uma consolidação política do atual governo. Certamente será uma das eleições em que mais se via discutir diferenças de opinião em relação à condução do Estado”, disse.
Fruet comprometeu-se a ser um cabo eleitoral de Gleisi, principalmente em Curitiba e Região Metropolitana, berço eleitoral do governador Beto Richa. No plano federal, ele disse não acreditar que a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff ou a crise com o deputado federal André Vargas prejudiquem a candidatura de Gleisi.
“O eleitor contra o PT já está consolidado e as avaliações negativas são para todos os governantes, neste momento novo que o país está vivendo”, disse.