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Política

PF prende prefeito de Mauá (SP) por "desvio de recursos"

São cumpridos ao todo dois mandados de prisão preventiva e 54 de busca e apreensão por 234 policiais

13 dez 2018 - 08h23
(atualizado às 08h45)
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A Polícia Federal (PF) prende o prefeito de Mauá, Átila Jacomussi (PSB), na manhã desta quinta-feira, 13, na Operação Trato Feito, desdobramento da Prato Feito, de acordo com informações da TV Globo.

São cumpridos ao todo dois mandados de prisão preventiva e 54 de busca e apreensão por 234 policiais. Todas as medidas foram decretadas, a pedido da PF, pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).

Fachada da prefeitura do município de Mauá (SP)
Fachada da prefeitura do município de Mauá (SP)
Foto: Roberto Sungi / Futura Press

O comunicado enviado pela assessoria da PF não detalha quem são os alvos e informa apenas que a operação de hoje mira uma organização criminosa voltada para o desvio de recursos públicos em contratos firmados com a prefeitura de Mauá, cidade da Grande São Paulo.

De acordo com a PF, o inquérito policial foi instaurado durante a análise do material apreendido na Operação Prato Feito.

"Os novos elementos trazidos aos autos indicam um esquema em que nove empresas pagavam vantagens ilícitas a agentes públicos e políticos para a compra de apoio na Câmara Municipal de Mauá, sobretudo para a obtenção de contratos superfaturados", diz a PF.

Resposta do advogado Daniel Leon Bialski, que defende Átila Jacomussi:

A defesa de Átila Jacomussi, prefeito de Mauá, representada por Daniel Leon Bialski, esclarece que "este novo e arbitrário decreto de prisão nada mais faz do que requentar fatos que já eram conhecidos e tinham motivado o decreto anterior que foi revogado pela Suprema Corte. Como o prefeito não descumpriu qualquer das medidas impostas, a defesa irá apresentar Reclamação perante o Supremo Tribunal Federal porque essa decisão afronta e desafia a Autoridade da medida antes concedida. Não é admissível dar uma nova roupagem para fatos pretéritos e conhecidos para se renovar o pedido de prisão. A medida além de ilegal, não possui lastro empírico e nem idônea motivação. Causa maior espanto quando verifica-se que o próprio Ministério Público Federal contestou a competência jurisdicional da Justiça Federal examinar a causa. Infelizmente, este é um triste sintoma do momento policialesco em que vivemos. Todavia, a defesa irá em todas as instâncias e graus combater essa arbitrariedade, buscando restabelecer a liberdade do Prefeito".

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