Presidenciáveis lamentam mortes em naufrágio no Pará
Lula, Simone Tebet e Soraya Thronicke utilizaram as redes sociais para prestar solidariedade às vítimas; os demais candidatos não comentaram o assunto
Dos 13 candidatos à presidência, apenas três utilizaram as redes sociais para lamentar o naufrágio que tirou a vida de ao menos 11 pessoas na Ilha de Cotijuba, no estado do Pará, nesta quinta-feira, 8. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) prestaram solidariedade às vítimas. Os demais postulantes ao cargo, incluindo o presidente da República Jair Bolsonaro (PL), não comentaram o assunto até a publicação desta matéria.
O ex-presidente Lula, que esteve em Belém, capital do Estado, para cumprir agenda da campanha eleitoral na última semana, expressou tristeza com a notícia sobre o acidente. "Presto minha solidariedade às famílias dos mortos nesta tragédia e me junto à corrente de orações para que os desaparecidos sejam encontrados com vida", escreveu o petista.
Recebi com tristeza a notícia do acidente com uma lancha nesta quinta-feira na ilha de Cotijuba, em Belém. Presto minha solidariedade às famílias dos mortos nesta tragédia e me junto à corrente de orações para que os desaparecidos sejam encontrados com vida.
— Lula 13 (@LulaOficial) September 9, 2022
Simone Tebet também lamentou o naufrágio. "Que tragédia! 11 pessoas faleceram, e 8 estão desaparecidas, após uma embarcação clandestina naufragar na Ilha de Cotijuba, em Belém/PA. Meus sentimentos às famílias das vítimas", publicou a candidata.
Que tragédia! 11 pessoas faleceram, e 8 estão desaparecidas, após uma embarcação clandestina naufragar na Ilha de Cotijuba, em Belém/PA. Meus sentimentos às famílias das vítimas. Força ao governador @helderbarbalho.https://t.co/4D8rvEYdx9
— Simone Tebet (@simonetebetbr) September 8, 2022
Já Soraya chamou a atenção para o fato da embarcação fazer o transporte de forma clandestina. "Apurações dão conta de que a empresa responsável pelo barco não tinha autorização para o transporte intermunicipal e partiu de um porto clandestino. Onde estava o poder público para fiscalizar e garantir a segurança dos usuários?", questionou.
A embarcação transportava 82 pessoas quando afundou, das quais 63 sobreviveram. O governo do Pará confirmou 11 mortos e oito desaparecidos. Barcos, mergulhadores e helicópteros fizeram buscas ao longo do dia. O trabalho das equipes foi suspenso à noite e deve ser retomado na manhã desta sexta-feira, 9. A lancha continua submersa no rio e há suspeitas de que mais vítimas estejam presas à estrutura.
Os órgãos oficiais informaram que a embarcação não tinha permissão para transportar passageiros e partiu de um porto clandestino. Ela fazia o trajeto entre a localidade de Camará, na cidade de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, e Belém. O naufrágio ocorreu próximo à Ilha de Cotijuba, por volta das 9h30. A lancha 'Dona Lourdes 2' é da empresa M. Souza Navegação, que já havia sido notificada pela Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon) por operar sem autorização.
Pelas redes sociais, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), lamentou as mortes e anunciou luto oficial de três dias. Nós estamos todos mobilizados desde as primeiras horas para resgatar as pessoas que ainda não foram encontradas", afirmou. O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), também decretou luto na capital.