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Política

Presidente da Câmara diz que sentimento de pena livrou Donadon

1 set 2013 - 08h20
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O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse, em entrevista publicada na edição deste domingo do jornal O Estado de S. Paulo , que o resultado da votação que livrou Natan Donadon (sem partido) da perda de mandato na última quarta-feira foi motivado pelo sentimento de dó por parte dos colegas parlamentares. “O voto secreto gera essa anomalia, porque fica aquele voto do compadrio, do corporativismo, da amizade, do sentimento de pena”, disse Alves. Apesar de cumprir pena de 13 anos de reclusão por desvio de dinheiro, Donadon foi “absolvido” pelos colegas deputados em uma decisão que gerou repercussão até no Supremo Tribunal Federal.

Deputado federal Natan Donadon se defende na Câmara dos Deputados durante sessão que votou sobre a cassação de seu mandato, em Brasília. A Câmara dos Deputados manteve na noite de quarta-feira o mandato do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e está preso por peculato e formação de quadrilha. 28/08/2013.
Deputado federal Natan Donadon se defende na Câmara dos Deputados durante sessão que votou sobre a cassação de seu mandato, em Brasília. A Câmara dos Deputados manteve na noite de quarta-feira o mandato do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e está preso por peculato e formação de quadrilha. 28/08/2013.
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Para o presidente da Câmara, a votação gerou mais um desgaste entre a classe política e o povo brasileiro. “Mas o que mais me frustrou foi o fato de apenas 405 parlamentares terem dado seu voto quando na Casa, durante o dia, quase 480 compareceram. Uma votação como aquela jamais poderia ser decidida por omissão. Acho que foi uma decisão mais emocional do que racional”, disse o político, que prometeu não colocar mais nenhuma votação de cassação em regime secreto.

Fonte: Terra
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