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Política

Presidente da Câmara nega pedido de Donadon por sessão secreta

Defesa diz que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal para evitar voto aberto em novo processo de cassação

10 fev 2014 - 18h36
(atualizado às 19h01)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), negou o pedido da defesa do deputado afastado Natan Donadon (sem partido-RO) para que o novo processo de cassação contra ele, marcado para a próxima quarta-feira, seja feito em sessão secreta. Os advogados do parlamentar, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão.

Os advogados Michel Saliba Oliveira e Marcus Vinícius Gusmão argumentam que a regra do voto aberto para cassação de mandatos foi aprovada enquanto tramitava a representação contra o parlamentar. Em resposta encaminhada nesta tarde para os representantes, Alves afirma que normas de natureza processual têm aplicabilidade imediata em processos em curso.

Em agosto de 2013, os deputados mantiveram o mandato de Natan Donadon, que já estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda após ter sido condenado a 13 anos de prisão. Em sessão secreta, 233 votaram pela cassação, 131 foram contra e 41 se abstiveram. Eram necessários, no entanto, 257 votos para cassar o mandato, o que não ocorreu. Henrique Alves afastou Donadon e cortou os benefícios do parlamentar, prometendo nunca mais levar a Plenário um processo de cassação em sessão secreta.

A representação que será analisada pelo Plenário da Câmara foi protocolada pelo PSB no dia 2 de setembro do ano passado, depois de os deputados rejeitarem a cassação por Donadon ter sido condenado e preso pelos desvios de recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia. Na representação, a legenda afirma que Donadon votou em seu próprio processo de cassação, o que não seria permitido, e que o fato de ter chegado algemado às dependências da Câmara configuraria quebra de decoro.

Um dos advogados de Donadon, Michel Saliba Oliveira, afirmou que o deputado afastado recebeu autorização para ir novamente à Câmara dos Deputados se defender em seu segundo processo de cassação. A defesa tentará, provavelmente por meio de um mandado de segurança, garantir que a sessão seja novamente secreta.

Donadon foi condenado a 13 anos de prisão pelo STF por formação de quadrilha e peculato por desviar R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia à época em que ele era diretor financeiro da Casa. O deputado está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, desde o dia 28 de junho.

Fonte: Terra
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