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Política

Perto de deixar governo, Bebianno fala em "lealdade e honra"

'Quando perdemos por ser leal, mantemos viva a honra' diz texto de autoria de escritor brasileiro

16 fev 2019 - 11h28
(atualizado às 11h36)
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Gustavo Bebianno dá entrevista coletiva no Rio de Janeiro
07/10/2018 REUTERS/Sergio Moraes
Gustavo Bebianno dá entrevista coletiva no Rio de Janeiro 07/10/2018 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters

Após desavenças com o presidente Jair Bolsonaro e a eminente saída do governo, o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, publicou um texto sobre "lealdade" nas redes sociais na madrugada deste sábado, 16. "Quando perdemos por ser leal, mantemos viva a honra. Saímos de qualquer lugar com a cabeça erguida ao carregar no coração a lealdade", diz um trecho.

O texto, atribuído ao escritor brasileiro Edgard Abbehusen, também diz que "a lealdade é um gesto bonito das boas amizades" e "só consegue ser amigo, quem aprende a ser leal".

Bebianno compartilhou o texto no Instagram. Na rede social, ele possui uma foto ao lado de Bolsonaro como imagem de perfil. O ministro é conhecido por ter sido um dos primeiros a atuar pela pré-candidatura de Bolsonaro à Presidência e foi seu braço-direito na campanha.

No ano passado, assumiu interinamente a presidência do PSL para ajudar Bolsonaro. Agora, é acusado de ter participação no uso de candidaturas laranjas no PSL em Pernambuco. Ele nega.

Na sexta, depois de dois dias na "geladeira", o ministro foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro, mas sua permanência no cargo ainda é incerta e a expectativa é de que ele deixe o cargo até segunda-feira. A reunião foi descrita como "ríspida". Bolsonaro acusa Bebianno de atuar por interesses próprios e contra o governo.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência e ex-presidente do PSL, Gustavo Bebianno, publica texto sobre 'lealdade' nas redes sociais após dada como certa sua exoneração do governo
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência e ex-presidente do PSL, Gustavo Bebianno, publica texto sobre 'lealdade' nas redes sociais após dada como certa sua exoneração do governo
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão Conteúdo

Na sexta, horas antes do encontro com o presidente, Bebianno se reuniu com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Santos Cruz (Secretaria de Governo), quando foi avisado de que seria mantido no cargo. Bolsonaro havia cedido às pressões de civis e militares de dentro e fora do governo.

A reviravolta ocorreu, segundo revelou à TV Record, quando o presidente tomou ciência de que Bebianno teria vazado áudios de duas conversas entre eles pelo WhatsApp com orientações de trabalho. O Estado confirmou a versão com um auxiliar do ministro. Seria o troco no vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, por ele ter publicado no Twitter mensagem de voz com o presidente negando uma afirmação do ministro.

Veja também:

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Estadão
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