Primeira-dama de João Pessoa é presa em operação da Polícia Federal
Operação Território Livre investiga o aliciamento violento de eleitores e organização criminosa no pleito municipal na capital paraibana
A primeira-dama de João Pessoa, Maria Lauremília Assis de Lucena, foi presa na manhã deste sábado, 28, em uma operação da Polícia Federal na Paraíba. A ação investiga o aliciamento violento de eleitores e organização criminosa no pleito municipal na capital paraibana.
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De acordo com a TV Paraíba, afiliada da Rede Globo, essa é a 3ª Fase da Operação Território Livre e conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Ao todo, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Eleitoral. Além de Maria Lauremília, a secretária pessoal dela, Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, também foi presa.
A primeira-dama é casada com o prefeito Cícero Lucena (PP), candidato à reeleição em João Pessoa. Em nota, o político afirmou que a prisão foi “um ataque covarde e brutal, ardilosamente arquitetado por seus adversários às vésperas da eleição, envolvendo sua família”.
Ele afirmou que sua esposa “íntegra, respeitada e querida pelo povo paraibano”, uma “vida limpa”, que não teme as investigações e mostrará na “justiça que é vítima”.
“Trata-se de uma prisão política. Lauremília tem residência fixa e jamais se recusaria a prestar depoimento ou esclarecer quaisquer fatos. Houve o uso de força desproporcional, já que ela sequer foi convocada para prestar depoimento. Claramente, os adversários de Cícero estão utilizando todos os meios para conquistar o poder a qualquer custo, sem respeito à sua família ou à cidade de João Pessoa”, declarou nas redes sociais.
Em nota, a PF afirmou que as diligências realizadas neste sábado são fruto da análise do material apreendido nas duas fases anteriores. O objetivo é complementar as provas de materialidade, autoria e circunstâncias dos crimes investigados.
Vereadora presa
No último dia 19, a vereadora Raíssa Lacerda (PSB) de João Pessoa foi presa na segunda fase da Operação Território Livre deflagrada pela Polícia Federal. Na ocasião, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão pelos agentes.
A PF investiga a atuação da também candidata à reeleição em um suposto esquema de aliciamento violento de eleitores na capital paraíbana. Em nota, a assessoria de comunicação de Lacerda afirmou que estão "abismados" com o ocorrido e que ela está sendo vítima de uma "ardilosa perseguição eleitoral".
"Acordamos perplexos com a notícia da prisão da vereadora Raíssa Lacerda pela Polícia Federal e reiteramos sua inocência, estamos todos consternado e abismado com essa situação. Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação 'Território Livre' e a verdade virá a tona e será esclarecida. Todos saberão da índole de Raíssa Lacerda e de sua honestidade. Raíssa é inocente e tem como provar. Ela está sendo vítima de uma ardilosa perseguição eleitoral", disse a nota oficial.
Além da vereadora, outras três mulheres foram presas. São elas: Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, Taciana Batista do Nascimento e Kaline Neres do Nascimento Rodrigues. De acordo com as investigações, Taciana seria o braço direito de Pollyanna, que "escolhia" o candidato a ser votado no bairro São José, na capital.
Já Kaline era responsável por aliciar eleitores no bairro Alto do Mateus. Ela também é suspeita de ter envolvimento com facção criminosa. Na semana passada, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação e apreendeu R$ 35 mil em dinheiro, além de documentos, contracheques de servidores públicos e celulares.
Ainda nesta primeira fase, agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão no bairro São José, na capital da Paraíba. Os endereços estavam ligados à vereadora Raissa Lacerda, que exerce seu quinto mandato em João Pessoa.