Pros formaliza apoio à candidatura de Dilma Rousseff
Com aliança, PT consegue mais 35 segundos na televisão; já formalizaram em convenção apoio a Dilma o PMDB e o PDT
Novato entre as dezenas de partidos políticos brasileiros, o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) formalizou nesta terça-feira, com 94,5% dos votos dos seus filiados, apoio à candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição. Com a aliança, Dilma consegue mais 35 segundos de tempo de televisão para a propaganda eleitoral gratuita.
“É muito simbólico receber esse apoio do Pros, porque é um partido muito interessante. É um partido jovem, que olha a situação política do País e que vê que são necessárias novas ideias”, afirmou Dilma, em seu discurso de agradecimento. “Mas apesar de ser novo, em tempo de vida e de ideias. É um partido maduro, porque é ligado a líderes que desempenharam papeis estratégicos”, acrescentou.
O Pros reúne uma bancada de 21 deputados federais e um senador. Seu principal expoente político é Ciro Gomes, que já foi candidato à Presidência da República. São filiados à legenda ainda seu irmão e o governador do Ceará, Cid Gomes (ex-PSB), seu vice Domingos Filho, além do vice do Amazonas, José Melo (os dois últimos egressos do PMDB).
Momento delicado
Já formalizaram apoio a Dilma o PMDB e o PDT. Amanhã, Dilma receberá apoio do PSD. Em encontros informal, o PP também já prometeu manter a parceria na chapa encabeçada por Dilma, que tem Michel Temer (PMDB) como candidato a vice, pela segunda vez.
O apoio do Pros ocorre em um momento em que a presidente acaba de perder a aliança com o PTB, na semana passada. Agora, a cúpula do PT, partido de Dilma pretende reforçar seus laços com a base de sustentação do governo para manter superioridade de tempo de televisão diante de seus adversários.
A legenda que tem dado mais trabalho recentemente para a candidatura de Dilma é o Partido da República (PR). Hoje, eles comandam o Ministério dos Transportes, mas já deram o recado à Presidência que o titular da pasta, César Borges, não representa o partido. Trata-se de uma tentativa de pressionar o governo de modo a conseguir substituição de ministros.
Campanha e polarização
Dilma fez menção ao que espera para a disputa que começará no mês que vem. Ela prometeu, no entanto, fazer uma campanha pacífica, apesar de enérgica. Como hábito em eventos partidários, a presidente fez questão de contrapor sua proposta à da candidatura tucana ao dizer que há um projeto que prega avançar enquanto outra defende o retrocesso.
“Sabemos que essa campanha terá muitas mentiras e muitos boatos. Haverá tentativa de disseminar clima de pessimismo”, estimou a presidente. “Iremos fazer uma campanha baseada na paz, mas cheia de vigor”, prometeu.