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Política

Protestos mostram que "algo está errado", diz Temer

Governo precisa ter humildade para reconhecer e consertar seus próprios erros, diz o vice-presidente

16 mar 2015 - 15h11
(atualizado às 17h30)
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Vice-presidente Michel Temer. 28/10/2014
Vice-presidente Michel Temer. 28/10/2014
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira que as manifestações de domingo contra o governo da presidente Dilma Rousseff mostram que algo está errado e o governo precisa ter humildade para reconhecer e consertar.

Em discurso durante encontro com empresários fluminenses na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Temer disse ainda que o governo precisa saber ouvir os desejos manifestados pela sociedade nas ruas.

“Essas manifestações são mais que legítimas, e muitas vezes até necessárias", disse Temer, que participou mais cedo nesta segunda de reunião convocada por Dilma com a equipe de coordenação de governo, da qual participaram dez ministros.

"É necessário uma reforma política", diz ministro da Justiça:

"Quando se vê o clamor das ruas, se vê que algo está errado e precisa consertar. Essa foi a tônica da conversa com a presidente Dilma. O governo quer ver quais providências para atender o clamor das ruas”, acrescentou.

Dilma convocou a reunião desta segunda no Palácio do Planalto para avaliar as manifestações enormes de domingo, que reuniram milhares de pessoas nas ruas em diversas cidades do país para protestar contra o governo e a corrupção, algumas a favor do impeachment da presidente.

O vice-presidente disse na Firjan ter defendido que o governo procure o empresariado para dialogar e buscar soluções em conjunto para o país, que enfrenta um momento de fraqueza da economia e inflação elevada.

"Eu disse que o governo precisa ser humilde, reunir o empresário e dizer: o que podemos fazer juntos? O diálogo é fundamental e tem que ser pautado pela humildade e pelo reconhecimento de que um equívoco possa ter sido cometido", afirmou.

"Não vamos nos impressionar negativamente com a força de ontem. Essa é uma força extraordinária da democracia, e devo aplaudir os movimentos das ruas, que foi incentivador de soluções que se eles não ocorressem talvez elas não viessem."

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