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Política

PSDB buscará apoio para a criação de quatro CPIs em 2015

30 jan 2015 - 14h56
(atualizado às 14h57)
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<p>A&eacute;cio Neves tentar&aacute; criar as&nbsp;CPIs da&nbsp;Petrobras, setor el&eacute;trico, fundos de pens&atilde;o e bancos p&uacute;blicos.</p>
Aécio Neves tentará criar as CPIs da Petrobras, setor elétrico, fundos de pensão e bancos públicos.
Foto: Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados

O PSDB começará a nova legislatura no Congresso Nacional mirando a criação de quatro comissões parlamentares de inquérito (CPIs). O foco serão Petrobras, setor elétrico, fundos de pensão e bancos públicos. Na avaliação de lideranças do PSDB e do presidente do partido, senador Aécio Neves, 2015 será um ano de dificuldades para o governo federal. Segundo Aécio, essas dificuldades se devem, em parte, à frustração gerada após tantas expectativas positivas apresentadas pela presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral.

"A cada dia que passa se comprova que nossos alertas (feitos durante a campanha eleitoral) eram os alertas corretos. A presidenta da República não permitiu que o Brasil debatesse, durante a campanha, medidas para a superação da crise. Vendeu um país da fantasia, do conto da carochinha, no qual o Brasil crescia com pleno emprego e não havia necessidade de qualquer ajuste. Hoje, o custo dos ajustes é muito mais alto pela irresponsabilidade do governo, que não tomou, no momento que deveria ter tomado, as providências necessárias para conter esses equívocos", disse nesta sexta-feira (30) o presidente do PSDB e ex-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), ao chegar à reunião da bancada do partido, no hotel Royal Tulip, em Brasília.

Opinião similar tem o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP). "Será um ano de grande confusão, tanto no âmbito político como no social para a presidenta Dilma Rousseff, que está cercada de más notícias", disse ele. Nunes defendeu a criação de CPIs no Congresso Nacional, "não para pressionar o governo federal, mas para colaborar com os órgãos que já estão investigando esses problemas”, disse ele, referindo-se ao Ministério Público, à Polícia Federal e ao Tribunal de Contas da União. CPIs dão repercussão política, com pessoas falando para esclarecer fatos, acrescentou.

Tanto Aécio Neves quanto o líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), defenderam a instalação de CPIs sobre os escândalos envolvendo a Petrobras, o setor elétrico, os fundos de pensão e bancos públicos. "Devemos centrar fileiras para, imediatamente, colher as assinaturas necessárias para a recriação da CPMI da Petrobras, além de outras que estão sendo cogitadas. Temos a responsabilidade, enquanto fiscalizadores do Executivo, de avançar nessas investigações", disse Aécio Neves. “Temos informações de que os bancos públicos têm sido usados para privilegiar grupos amigos. Já o setor elétrico tem de ser investigado porque, além da crise e da desorganização, teve (a presidenta) Dilma Rousseff como autoridade”, reforçou Imbassahy.

Os parlamentares manifestaram apoio às candidaturas de Júlio Delgado (PSB-MG) para a presidência da Câmara, e de Luiz Henrique (PMDB-SC) para a presidência do Senado. "O caminho natural do PSDB é fortalecer a candidatura do deputado Júlio Delgado, que a meu ver é a candidatura com melhores condições de garantir a independência fundamental que a Câmara dos Deputados não teve nos últimos anos. No Senado não é diferente. A candidatura de Luiz Henrique atende a essa mesma aspiração: que nós não tenhamos um Legislativo acuado, submisso e, principalmente, submetido às vontades e orientações do Palácio do Planalto", disse Aécio Neves.

“Os presidentes das duas casas precisam de responsabilidade e de apoio político e social. O Luiz Henrique é um candidato com longa tradição democrática dentro do PMDB. É equilibrado, e não fará uma gestão nem de oposição nem de situação”, justificou Nunes. Para Imbassahy, o apoio a Júlio Delgado confirma a parceria que já vem sendo formada entre PSB e PSDB. “Temos no PSB uma parceria importante, e a maioria deles (deputados) quer formar conosco um bloco de oposição”, disse o líder tucano na Cãmara.

Agência Brasil Agência Brasil
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