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Política

PSDB fará reunião para discutir impeachment de Bolsonaro

Presidente Bruno Araújo convoca reunião extraordinária da Executiva do partido, que deve acontecer nesta quarta-feira

7 set 2021 - 13h32
(atualizado às 15h39)
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O presidente do PSDB, Bruno Araújo, convocou reunião extraordinária da Executiva do partido para discutir a posição em relação à abertura de processo de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. O encontro deve ocorrer nesta quarta-feira, 8, segundo o partido.

O presidente do PSDB,  Bruno Araújo George Gianni PSDB
O presidente do PSDB, Bruno Araújo George Gianni PSDB
Foto: George Gianni / PSDB

"O Presidente do PSDB, Bruno Araújo, convoca reunião Extraordinária da Executiva para esta quarta-feira, para diante das gravíssimas declarações do presidente da República no dia de hoje, discutir a posição do partido sobre abertura de Impeachment e eventuais medidas legais", informou o partido, em sua conta oficial no Twitter.

Nesta terça-feira, 7, dia em que convocou manifestações favoráveis a seu próprio governo, o presidente Jair Bolsonaro repetiu ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que o Conselho da República - órgão superior que se pronuncia sobre intervenção federal, estado de defesa, estado de sítio ou "questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas" - se reuniria na quarta-feira.

Doria diz ser favorável ao impeachment de Bolsonaro

Pela primeira vez desde que assumiu posição antagônica ao presidente Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta terça-feira, 7, que apoia o afastamento e impeachment do chefe do Executivo nacional.

João Doria
REUTERS/Amanda Perobelli
João Doria REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Durante entrevista coletiva nesta tarde, Doria disse que até o momento cabia ao Congresso avaliar e julgar fatos contra Bolsonaro. "Mas depois do que assisti e ouvi hoje em Brasília, sem sequer ter ouvido o que o presidente pronunciará aqui, ele claramente afronta a Constituição, desafia a Democracia e empareda a Suprema Corte brasileira", disse Doria.

Bolsonaro participou pela manhã de atos em Brasília onde voltou a cobrar o cerceamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e deve discursar à tarde, na avenida Paulista, centro financeiro de São Paulo, a partir das 15h30 de hoje, para apoiadores.

Segundo Doria, "o volume de crimes já cometidos pelo presidente da República no dia de hoje nas manifestações são mais do que suficientes para justificar - se não um novo pedido - os mais de 130 pedidos de impeachment que adormecem na mesa do presidente da Câmara dos Deputados em Brasília". "Minha posição como governador é clara e amparada no Direito e na Constituição. O presidente precisa sofre o julgamento de impeachment pelos equívocos, erros e pelo afrontamento à democracia", completou.

O governador também confirmou a convocação de executiva nacional do partido amanhã (8) que irá discutir a posição do partido no Congresso Nacional. Doria disse que prontamente cumprimentou o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, pela reunião convocada que irá discutir "o que está sucedendo hoje no Brasil". O governador também ressaltou que não faz parte da executiva nacional do PSDB e por isso não participa da reunião. "O PSDB é o partido pelo qual eu fui eleito governador do Estado de São Paulo, o Estado mais densamente habitado do País, a maior força econômica do País e a nossa posição é pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro", reforçou o governador.

Doria também defendeu que o partido passe da posição de independência no Congresso Nacional para a oposição ao governo.

Estadão
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