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Política

PSDB no Senado diz que conseguirá instalar CPI da Petrobras

Líder do partido espera reunir 32 assinaturas de senadores, quatro a mais do que o necessário

5 fev 2015 - 16h23
(atualizado às 16h25)
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<p>Cássio Cunha Lima (PSDB) espera contar com apoio de parte do PSB e PMDB. </p>
Cássio Cunha Lima (PSDB) espera contar com apoio de parte do PSB e PMDB.
Foto: Divulgação

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), promete conseguir as assinaturas necessárias para a criação de uma nova Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras até a próxima semana.

Ele disse nesta quinta-feira (5) que espera reunir 32 assinaturas de senadores, quatro a mais que o mínimo exigido. Para isso, além do apoio de PSDB e DEM, espera contar, por exemplo, com as seis assinaturas do PSB, de uma do PSOL, do senador Randolfe Rodrigues (AP) e insatisfeitos do PMDB, partido da base aliada ao governo.

Já uma comissão mista precisa de 171 assinaturas de deputados, número que seria alcançado sem dificuldades, tendo em vista que uma CPI só da Câmara foi criada pelo novo presidente da casa, Eduardo Cunha.

Depois do Carnaval

Também nesta quinta-feira, Cunha disse acreditar que a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras só será feita após o Carnaval. “Acho mais viável (a instalação da CPI) depois do Carnaval”, disse Cunha.

Após a sessão na qual leu no plenário o ato de CPI da Petrobras, ele acrescentou que há pouco tempo para que os partidos possam indicar seus representantes antes da pausa nas atividades do Parlamento, em razão das festas carnavalescas.

De acordo com o presidente da Câmara, há também necessidade de tempo para a definição dos nomes dos novos líderes. Alguns partidos, entre eles o PMDB, ainda não chegaram a um consenso a esse respeito.

Cunha ressaltou, porém, que a ausência de indicações dos partidos não vai atrapalhar a instalação da CPI. “Isso não vai acontecer”, disse. Alertou para a possibilidade de ele indicar os nomes em caso de demora dos partidos, prevista regimentalmente.

O PT e o PMDB devem disputar a presidência ou relatoria da comissão. Pela divisão dos blocos, da 26 vagas, os dois partidos têm direito a três cada. Ontem, o líder do PT na Câmara, Sibá Machado, adiantou que, com a maior bancada da Casa, o partido vai pleitear a presidência ou a relatoria da comissão.

Primeiras CPIs

Em 2014, duas CPIs, uma mista e uma exclusiva do Senado, foram criadas com o mesmo objetivo. Ambas presididas pelo ex-senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), a Mista, encerrada em 18 de dezembro passado, não incluiu entre os 52 pedidos de indiciamento feitos na época pelo relator, deputado Marco Maia (PT-RS), o nome da presidente da empresa, Graça Foster.

A CPI exclusiva do Senado, também finalizada em dezembro, foi esvaziada depois da criação da comissão mista, da qual acabou adotando o relatório final. Apesar de as duas CPIs para investigar a Petrobras terem terminado no final de 2014, para Cunha Lima uma nova investigação pelo Congresso é urgente e desta vez pode produzir um resultado diferente.

“O que muda é o clima, que está cada vez mais tenso. À medida em que as investigações feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público avançam, a temperatura aumenta. A população está absolutamente insatisfeita, irritada, impaciente, as pessoas estão dizendo: chega, basta, ninguém mais aguenta isso. E cabe às instituições darem uma resposta para tudo isso”, avaliou o líder do PSDB.

Procurados pela Agência Brasil o líder do PT, Humberto Costa (PE) e demais senadores da legenda não foram encontrados até o fechamento dessa reportagem para comentar o assunto. -- Karine Melo Repórter da Agência Brasil

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