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Política

PSOL suspende Cabo Daciolo e abre processo por infidelidade

Deputado federal quer mudar a Constituição para dizer que "todo o poder emana de Deus"

26 mar 2015 - 18h47
(atualizado às 18h47)
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<p>Psol diz que respeita a legitimidade do mandato de Daciolo, mas que a atuação do parlamentar é incompatível com o que o partido defende</p>
Psol diz que respeita a legitimidade do mandato de Daciolo, mas que a atuação do parlamentar é incompatível com o que o partido defende
Foto: Facebook / Reprodução

A Executiva Nacional do PSOL suspendeu nesta quinta-feira (26) o deputado federal Cabo Daciolo (PSOL-RJ), retirando o direito de representar a legenda e de participar de quaisquer aparições públicas em nome do partido. Além da suspensão dos direitos do deputado como integrante do PSOL, a executiva decidiu também encaminhar ao Diretório Nacional a apreciação de infidelidade partidária e delegou à Comissão de Ética a análise do caso.

A decisão da executiva foi baseada no posicionamento do deputado Cabo Daciolo de apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição desfazendo a garantia da laicidade do Estado Brasileiro. Segundo o PSOL, a bancada na Câmara e a direção nacional do partido fizeram esforços para que o deputado desistisse da posição, “que contraria um dos mais caros princípios partidários e da esquerda”.

Outro motivo que levou a suspensão do deputado Cabo Daciolo foi a posição que ele adotou ao defender os policiais acusados pela morte do cidadão Amarildo, no Rio de Janeiro, “caso emblemático da luta por direitos humanos no Brasil”. O partido alega que o deputado foi na contramão da luta partidária em defesa dos direitos humanos e contra a política de extermínio da população da periferia.

“O deputado Daciolo teria e tem todo o direito e dever de defender um julgamento justo e célere aos policiais acusados neste e noutros casos, pois todos estes são detentores de plenos direitos e do devido processo legal. Mas é inadmissível ao PSOL a defesa, por parte de um de seus membros, de que estes são inocentes e que os culpados seriam outros. A sinalização que tal postura transmitiu para a sociedade gerou confusão e desgaste político para nossa agremiação”, diz nota da Executiva Nacional.

Agência Brasil Agência Brasil
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