PT de Dilma ganha 3 governos estaduais; oposição garante São Paulo
O PT da presidente Dilma Rousseff ganhou neste domingo três dos 13 governos regionais que foram definidos no primeiro turno das eleições regionais, mas a oposição garantiu o governo de São Paulo.
Os correligionários de Dilma governarão os estados de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, Bahia e Piauí, segundo os resultados definitivos da apuração.
O principal vencedor na disputa nos 26 estados e no Distrito Federal, no entanto, foi o PMDB, maior força eleitoral do país e principal aliado de Dilma, cujos candidatos garantiram os governos de Alagoas, Espírito Santo, Sergipe e Tocantins sem necessidade de disputar o segundo turno.
O PSDB, com a reeleição no primeiro turno do governador Geraldo Alckmin, garantiu o governo do estado de São Paulo, assim como o do Paraná com a reeleição de Beto Richa.
Nos outros 14 estados o próximo governador será conhecido no segundo turno, porque nenhum dos candidatos obteve metade dos votos mais um.
Apesar da derrota do PT em São Paulo, onde ficou em terceiro com Alexandre Padilha, candidato proposto de maneira direta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a legenda conquistou o governo de Minas Gerais, reduto político nos últimos anos do PSDB.
O ex-ministro Fernando Pimentel, uma aposta da presidente Dilma para o seu estado natal, venceu no primeiro turno João Pimenta da Veiga, do PSDB e que era apoiado pelo ex-governador Aécio Neves, segundo na disputa presidencial.
São Paulo e Minas Gerais, respectivamente com 32 milhões e 15,2 milhões de eleitores, são os maiores colégios eleitorais do país e serão essenciais no segundo turno que será disputado no próximo dia 26 de outubro entre Dilma e Aécio.
No quarto maior colégio eleitoral, a Bahia, com quase dez milhões de eleitores, o PT venceu com Rui Costa, que sempre esteve nas pesquisas de intenções de voto atrás do candidato de direita Paulo Souto.
Rui era o candidato de sucessão do governador Jaques Wagner (PT), quem cumpriu seu segundo mandato e não podia se reeleger.
A base governista se consolidou também no Ceará, com o segundo turno que será disputado por Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira, do aliado PMDB, ambos apoiando a reeleição de Dilma.
Dois aliados da presidente também disputarão o segundo turno no Rio de Janeiro: o governador e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o ex-ministro da Pesca Marcelo Crivella, do PRB.
O PT também venceu no Piauí com Wellington Dias, mas terá que esperar o segundo turno no Acre porque o governador Tião Viana não conseguiu mais da metade dos votos.
A tradicional rivalidade política entre PT e PSDB, além da disputa presidencial, acontecerá de maneira direta em nível regional no Mato Grosso do Sul com o petista Delcídio Amaral e o social-democrata Reinaldo Azambuja.
O desempenho do PT em Minas Gerais e Bahia compensa as derrotas sofridas em Brasília com o atual governador Agnelo Queiroz, que ficou fora do segundo turno, e no Paraná, onde a candidata Gleisi Hoffmann, ex-ministra de Dilma, ficou em terceiro na votação que reelegeu o governador Beto Richa, do PSDB.
No Rio Grande do Sul a reeleição de Tarso Genro (PT) está ameaçada com o primeiro lugar obtido por José Ivo Sartori, do PMDB, e com quem o ex-ministro de Justiça do governo Lula disputará o segundo turno.
Além do Mato Grosso do Sul, os social-democratas disputarão o segundo turno em Goiás, onde o governador Marconi Perillo buscará a reeleição contra Iris Rezende (PMDB), e em Rondônia com Expedito Júnior, que terá como oponente Confúcio Moura (PMDB).
O PSB, da ambientalista Marina Silva, terceira colocada nas presidenciais, venceu em Pernambuco e Roraima com triunfos esmagadores no primeiro turno de Paulo Câmara e Chico Rodrigues, respectivamente, e vão com força para a segunda rodada de votação em Brasília com Rodrigo Rollemberg, que disputará com Jofran Frejat, do PR.
O partido de Marina também disputará o segundo turno no Amapá com Camilo Capiberibe.