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Política

PT deve se manifestar nesta quarta sobre prisão de Vaccari

De acordo com senador Humberto Costa, Executiva Nacional do partido divulgará comunicado comentando o caso. Tesoureiro foi preso acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

15 abr 2015 - 14h39
(atualizado às 20h51)
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<p>Delatores o acusam de intermediar doa&ccedil;&otilde;es de propina em contratos com fornecedores da Petrobras para financiar campanhas pol&iacute;ticas</p>
Delatores o acusam de intermediar doações de propina em contratos com fornecedores da Petrobras para financiar campanhas políticas
Foto: Renato Ribeiro Silva / Futura Press

O senador Humberto Costa (PT-PE) informou que a Executiva Nacional do partido deverá se manifestar ainda nesta quarta-feira, por meio de nota, sobre a prisão do tesoureiro João Vaccari Neto. No entanto, o parlamentar preferiu não entrar no mérito do assunto. A Executiva tem reunião marcada para a sexta-feira (17).

Vaccari é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com base em depoimentos de delatores da Operação Lava Jato que o acusam de intermediar doações de propina em contratos com fornecedores da Petrobras para financiar campanhas políticas.

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O tesoureiro negou as acusações durante depoimento à CPI que investiga denúncias de irregularidades envolvendo a estatal e antecipou, na ocasião, que não renunciaria ao cargo, transferindo à diretoria do partido a decisão sobre o assunto.

O deputado Afonso Florence (PT-BA), membro da comissão de inquérito, também foi cauteloso e evitou avaliar a situação tecnicamente. “Do ponto de vista partidário vejo com reserva e naturalidade. Reserva porque penso nas famílias. O réu está dizendo que é inocente. Tem que transitar em julgado. E vejo com naturalidade porque tem tanta gente sendo envolvida na operação que ele não é o primeiro nem será o último a ser preso”.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também evitou comentar o caso e limitou-se a afirmar que a situação está sendo tratada pelo Judiciário. “Não cabe a mim comentar. Cabe lamentar”, disse.

O vice-presidente da CPI da Petrobras, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que foi autor do requerimento de convocação que levou o tesoureiro a depor no colegiado, classificou a situação do PT como desagradável. “É constrangedor para o partido que passa a conviver com o segundo tesoureiro nessa situação que é pior que a de réu. Quando o Ministério Público pede a prisão de alguém como Vaccari significa que tem indícios”, avaliou ao citar o envolvimento de Delúbio Soares, também tesoureiro do partido, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no processo do Mensalão.

O parlamentar disse que a CPI agora acompanhará o depoimento de Vaccari à Polícia Federal para avaliar novas medidas. “O que importa agora é que o tesoureiro esclareça [os motivos pelos quais foi preso]. No depoimento na CPI ele não foi convincente, não conseguiu passar confiança nas respostas”.

Para o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), a prisão do tesoureiro “comprova que o PT está envolvido no esquema de desvio de recursos da Petrobras”. O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), disse que a prisão “desmantela totalmente discurso do Partido dos Trabalhadores de que todas as doações recebidas para campanhas eleitorais, especialmente da presidente Dilma Rousseff, foram legais e registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”.

Agência Brasil Agência Brasil
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