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Política

PT e PMDB acertam reunião para definir alianças regionais

Segundo presidente do PMDB, o PT pode discutir se abre mão de candidaturas em seis Estados

10 mar 2014 - 16h10
(atualizado às 18h24)
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O PMDB acertou com o PT, durante encontro com a presidente Dilma Rousseff, a realização de uma reunião entre as cúpulas dos dois partidos, nos próximos dias, para discutir as alianças regionais entre os dois partidos. Segundo o presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), o PT poderá colocar em discussão se abre mão da cabeça de chapa em seis Estados onde não havia acordo sobre alianças.

“Até quinta-feira, vamos marcar mais uma reunião entra a cúpula do PT e PMDB para discutir as alianças regionais onde está causando nesse momento o maior estresse, o maior problema. E há uma possibilidade de o PT abrir para discussão mais uns cinco ou seis Estados, onde ainda não estava sendo discutidas as alianças com o PMDB”, disse Raupp.

Entre os Estados que o PT estaria aberto a discutir se abre mão de lançar candidatos estão Goiás, Maranhão, Alagoas, Paraíba, Tocantins e Rondônia. Segundo o senador, a conversa, prevista para ser marcada na próxima quinta-feira, deve reunir o presidente do PT, Rui Falcão, e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e se estender dois três rodadas de discussão, como foi feito em eleições anteriores. “Por aí a gente vai avançar e distensionando esta crise que é normal dentro da vida pública, da política principalmente”, disse.

A reunião de Dilma com o PMDB ocorreu em meio a um impasse entre as duas legendas. Insatisfeitos com a articulação política do governo Dilma e com os rumos da reforma ministerial, deputados peemedebistas e um “blocão” de governistas descontentes poderão impor derrotas ao governo federal no Legislativo. Segundo Raupp, a reforma ministerial quase não fui discutida nesta manhã.

O presidente do partido disse esperar que a tensão tenha terminado. "Espero que sim. Na política você nunca sabe se a crise está terminando, está começando, ficando maior", afirmou.

Em encontros anteriores, a presidente cogitou colocar o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) no Ministério da Integração Nacional, tirando o parlamentar de uma disputa ao governo do Ceará e deixando o caminho livre para uma candidatura patrocinada pelos irmãos Cid Gomes e Ciro Gomes, do Pros. Dilma quer premiar os dois pela saída do PSB, de Eduardo Campos, quando a sigla deixou a base aliada. Parlamentares do PMDB queriam, no entanto, que o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) fosse o escolhido para a pasta.

Na noite de domingo, Dilma se reuniu com o vice-presidente Michel Temer na tentativa de amenizar a crise. No encontro, ela chegou a dizer que tomaria suas decisões mesmo sem o aval do partido, que é o principal sócio do PT no governo.

Nesta manhã, a presidente reuniu, em momentos diferentes, peemedebistas representantes da Câmara e do Senado. Dilma deixou de fora dos encontros o deputado Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara e principal voz do grupo rebelado na Casa.  

Segundo Raupp, a ideia é que PT e PMDB formem alianças em 11 ou 12 Estados. No total, o PMDB deve lançar candidaturas próprias em pelo menos 17 Estados, enquanto o PT deve ter candidato em 12 ou 13 unidades da federação. O presidente do PMDB disse que os partidos devem estabelecer “procedimentos” para que cenários problemáticos como Rio de Janeiro e Ceará não prejudiquem a aliança nacional. “A aliança nacional está tranquila, a princípio está salva. E vamos cuidar agora das alianças regionais dos Estados”, disse.

Fonte: Terra
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