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Política

PT faz eleições internas de olho na disputa presidencial de 2014

9 nov 2013 - 14h53
(atualizado às 15h50)
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O PT realiza neste domingo as eleições para renovar sua direção, que ficará encarregada de preparar a campanha presidencial de 2014. Aproximadamente 800 mil filiados estão convocados para escolher o novo presidente do partido e renovar a cúpula em todos os níveis para os próximos quatro anos.

Em mensagem de vídeo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a participação dos filiados e ressaltou a importância desta votação para "fortalecer" o PT e alavancar a reeleição de Dilma em 2014.

"Você não vai votar só para uma nova direção. Vai escolher os melhores companheiros que vão dirigir as próximas eleições em seu Estado e as próximas eleições de nossa querida presidente Dilma Rousseff. Não é pouca coisa", afirmou Lula na mensagem, que foi divulgada durante a semana na televisão.

Seis candidatos disputam as eleições, entre eles o atual presidente Rui Falcão, que disputa pela ala majoritária e mais moderada do PT, chamada de "Construindo um Novo Brasil" e que defende a continuidade nas políticas do partido.

Lula diz que não falará sobre eleições, pois não quer mais multas:

Falcão é considerado o grande favorito, em grande parte por ser o candidato mais próximo a Lula. O político de 69 anos foi eleito presidente do partido em abril de 2011, depois da renúncia de José Eduardo Dutra por motivos de saúde. Deputado estadual por São Paulo, Falcão dirigiu a campanha eleitoral de Lula em 1994 e foi o diretor de comunicação da campanha que levou Dilma ao poder em 2010.

Os outros cinco candidatos defendem, em maior ou menor grau, um deslocamento para a esquerda, mas todos apoiam a candidatura de Dilma para as eleições de 2014, que ainda não foi anunciada de forma explícita por ela, mas que é dada como certa no partido.

Os candidatos mais moderados, entre eles o deputado Paulo Teixeira, da chapa "Mensagem ao Partido", querem que o PT se aproxime das ruas e que o governo contenha o "domínio do poder econômico na política brasileira", diz seu programa eleitoral.

De acordo com as previsões do PT, o ganhador das eleições será conhecido na próxima terça-feira. Estas é a quinta eleição direta organizada pelo PT e a primeira a ter uma política que obriga que as candidaturas incluam a metade de mulheres e reservem uma cota para negros e indígenas.

As cotas raciais dependem do censo de negros e indígenas em cada estado, embora tenha que haver pelo menos uma vaga em cada chapa.

EFE   
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