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Política

PT oficializa Lula como 'cabo eleitoral de luxo' de Dilma

Evento que oficializou a presidente como única pré-candidata do PT teve promessa de Lula de engajamento na campanha, ataques aos antecessores e defesa de condenados do mensalão

2 mai 2014 - 23h43
(atualizado em 3/5/2014 às 00h32)
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A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula no encontro do PT
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula no encontro do PT
Foto: Alice Vergueiro / Futura Press

Com um discurso na contramão do “Volta, Lula”, mas com o ex-presidente na figura de cabo eleitoral de luxo, o Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou em seu 14º Encontro Nacional, na noite desta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff como única pré-candidata da sigla à sucessão presidencial de outubro. O encontro aconteceu no Centro de Convenções do Anhembi, zona norte de São Paulo, e reuniu militantes de todo o País, além de ministros, governadores, prefeitos, partidos da base aliada e centrais sindicais.

Em quase uma hora de discurso, Dilma fez críticas ao modelo de governo defendido por seus adversários na campanha e, sem citar nomes, definiu que eles representam um passado “que colocou o Brasil de joelhos” à medida em que se “vendeu o patrimônio” nacional e se “varreu a corrupção para debaixo do tapete”.

A presidente foi precedida no evento por Lula, de quem é afilhada política e do qual ouviu a promessa de engajamento na campanha. “Não existe outro candidato, que não a Dilma, nesse partido”, enfatizou o ex-presidente, segundo o qual, após uma série de viagens internacionais previstas pela África e Europa, nas próximas semanas, ele estará “por conta da campanha”. “Temos um jogo mais ou menos garantido, mas não podemos dizer que ele será fácil”, alertou Lula.

Dilma salientou, por mais de uma oportunidade, o “compromisso” entre ambos. Apontou Lula como liderança política à qual dirige “respeito e carinho” e classificou a oficialização da própria pré-candidatura como “mais uma prova forte e contundente da nossa confiança mútua e dos laços fecundos que nos uniram e nos unem ao povo”.

“Foi o compromisso com o povo brasileiro que nos uniu, e esse compromisso é inquebrantável”, definiu a presidente.

"Engaveta-se muito", diz Dilma sobre antecessores

Durante o discurso, durante o qual demonstrou emoção em ao menos três oportunidades, Dilma enalteceu números e programas sociais do antecessor e de seus pouco mais de três anos e quatro meses de governo. Exaltou o Mais Médicos, prometeu uma terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida e fez um balanço do Bolsa Família. Por outro lado, não citou nominalmente o escândalo da Petrobras, tampouco petistas históricos como José Dirceu e José Genoino, presos por crime de corrupção no mensalão, mas acusou a oposição de, em gestões passadas à do PT, evitarem investigações de ilícitos.

Presidente confere cartaz de militante pró Dirceu e Genoino durante o discurso
Presidente confere cartaz de militante pró Dirceu e Genoino durante o discurso
Foto: Janaina Garcia / Terra

“Os governos do PT foram os que mais combateram e combatem a corrupção. Antes, engavetava-se muito. Eu nunca vou admitir mau feito”, afirmou, para completar: “O que envergonha um país não é apurar, nem investigar, nem mostra (o que está errado), mas não combater e varrer tudo para baixo do tapete, como se fazia”, criticou.

Para Lula, "há algo pessoal" contra condenados do mensalão

Lula, por sua vez, sugeriu que a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar negócios da estatal de petróleo teria finalidade eleitoral e definiu: “parece que há algo pessoal contra o Genoino, o Dirceu, o Delúbio (Soares), o João Paulo (Cunha)”, afirmou, para destacar que a mesma atenção não é dada, por exemplo, ao escândalo do mensalão mineiro.

Durante o ato, Dirceu e Genoino foram lembrados pela militância petista aos gritos de “guerreiro do povo brasileiro” e em cartazes. Em um deles, exposto por um militante à frente de Dilma, enquanto ela discursava, havia as fotos dos dois condenados do mensalão e a mensagem “Presentes!”.

Fonte: Terra
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