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Política

PT, PCdoB e mais 2 partidos criam pacto por plebiscito

Partidos de esquerda fecharam questão a respeito do financiamento público de campanhas e voto em lista fechada

28 jun 2013 - 20h06
(atualizado às 20h14)
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Dilma propõe plebiscito para Constituinte e reforma política:

Os presidentes do PT (Rui Falcão), PCdoB (Renato Rabelo) e PDT (Carlos Lupi), além do vice-presidente do PSB (Roberto Amaral), se encontraram nesta sexta-feira na sede do PCdoB, em São Paulo, parar definir uma estratégia diante do atual momento político do País. "O principal resultado desta reunião é a criação do Fórum Nacional em Defesa da Democracia e do Plebiscito", afirmou Rabelo. Eles fecharam questão a respeito do financiamento exclusivamente público de campanhas e o voto em lista fechada para as eleições legislativas.

O encontro reflete os cinco pactos anunciados pela presidente Dilma Rousseff nesta semana. Foi consenso entre os partidos que terá início uma campanha nacional em favor do plebiscito. “Os partidos de esquerda concordam que a reforma política deve implementar o financiamento exclusivamente público das campanhas. E sobre o sistema de representação, os quatro partidos concordaram em defender o proporcional com listas, que serão definidas pelos partidos de forma democrática”, salientou Rabelo.

As siglas acordaram ainda que o plebiscito "não é para entrar nos detalhes, mas sim para dar consistência ao processo" de reforma política. "Entendemos a consulta pública como um espaço para que o povo possa se pronunciar sobre algumas questões balizadoras, para usar um termo da presidenta Dilma. Destacando que o plebiscito não é para entrar nos detalhes, mas sim para dar consistência ao processo", ponderou o comunista.

O fórum criado hoje também deverá ser utilizado para consultar as ideias dos movimentos sociais e do movimento sindical sobre o plebiscito e sobre a reforma política. "A proposta do plebiscito já foi acordada com a presidente e dez partidos da base, então nós queremos manter o que foi proposto pela presidente. Além disso, nós entendemos que devemos consultar o povo antes (de fazer a reforma)", defendeu Paulo Teixeira (PT-SP), membro da executiva nacional.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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