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Política

PT quer usar valores de voos fretados declarados por Moro em pedido de cassação, diz jornalista

Senador gastou R$ 625 mil com fretamento das aeronaves durante as eleições de 2022. Valor declarado ao TRE, no entanto, é de R$ 425,8 mil

31 ago 2023 - 10h26
(atualizado às 10h59)
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O senador Sérgio Moro tem embate na CPMI com hacker que vazou informações da Lava Jato
O senador Sérgio Moro tem embate na CPMI com hacker que vazou informações da Lava Jato
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado / Estadão

O Partido dos Trabalhadores (PT) planeja utilizar uma lista de voos fretados utilizados por Sergio Moro durante a campanha eleitoral do ano passado como forma de reforçar as alegações de que o ex-juiz federal da Lava-Jato cometeu caixa 2 e abuso de poder econômico em sua estratégia para conseguir se eleger senador pelo Paraná. As informações são do blog da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Segundo informações do partido União Brasil, o montante total gasto com o fretamento das aeronaves para Sergio Moro e seus aliados atingiu o valor de R$ 625 mil. No entanto, a prestação de contas oficial de Moro declarou ter gasto um valor menor, de R$ 425,8 mil com voos feitos entre agosto e setembro - a prática seria irregular. 

De acordo com o blog, o propósito do PT é garantir a cassação do mandato de Moro. O partido está tão seguro de seu sucesso na cassação do ex-juiz da Lava Jato que já está envolvido em uma disputa interna para determinar quem será o candidato escolhido para ocupar a vaga - com nomes como Gleisi Hoffmann, Zeca Dirceu ou Roberto Requião.

O processo que tramita contra Moro está no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). No entanto, para que ocorra uma nova eleição, é necessário que Moro seja cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A expectativa é de que o caso só deve chegar ao TSE no próximo ano.

Entenda o caso 

O TRE recebeu as informações referentes aos voos fretados de Moro e seus aliados nesta quarta-feira, 30. Os documentos foram encaminhados pelo diretório paranaense da União Brasil, partido pelo qual o senador foi eleito com 1,9 milhão de votos nas eleições de 2022.

O diretório estadual do União Brasil acatou a ordem do desembargador Dartagnan Serpa Sá, que é relator do caso, e enviou as informações ao Tribunal. 

O desembargador solicitou que o partido esclarecesse os detalhes referentes ao pagamento das despesas ligadas à candidatura de Moro ao Senado, incluindo gastos com eventos, produção de vídeos, segurança, treinamento de mídia, assistência jurídica e aluguel de veículos.

O partido forneceu à Justiça Eleitoral cinco notas fiscais, com valores individuais de R$ 54.333,33, R$ 54.666,66, R$ 52.666,66, R$ 71.000,00, R$ 48.000,00 e R$ 344.666,63. Essas notas fiscais contêm informações detalhadas sobre planos de voo, datas de deslocamento e listas de passageiros.

Entre os passageiros, estão o suplente do senador, o advogado Luis Felipe Cunha, o deputado federal Felipe Francischini (União-PR) e o deputado estadual Ney Leprevost (União).

O PT baseará sua argumentação na diferença entre as informações fornecidas pelo União Brasil ao TRE e as declarações oficiais de gastos de Moro. O partido apontará que o União Brasil informou ter despendido R$ 625 mil em voos durante julho e parte de agosto. No entanto, a prestação de contas oficial de Moro declarou ter gasto um valor menor, de R$ 425,8 mil com voos feitos entre agosto e setembro.

O que diz Moro

A equipe de Moro rebateu a afirmação do advogado do PT. “Não, o União Brasil não informou ao TRE que gastou 600 mil reais com Moro em voos. Mas sim que gastou com locação de aeronaves, para vários filiados, dentre eles Sergio Moro. A vontade de alguns em cassá-lo é tão grande que falta até interpretação de texto", disse o advogado Gustavo Guedes.

Fonte: Redação Terra
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