PT vê uso eleitoral em "ataques" contra a Petrobras
Petistas condenaram nesta quinta-feira, durante reunião do Diretório Nacional do PT, o que consideraram uma tentativa da oposição em dar uso eleitoral para a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras. O negócio virou alvo do pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, que cobrou explicações do governo sobre o negócio.
Presidido pela presidente Dilma Rousseff durante o governo Lula, o Conselho de Administração da estatal aprovou a compra de 50% dos ativos da refinaria por US$ 360 milhões, sendo que um ano antes a empresa havia sido comprada por US$ 42,5 milhões por outra companhia, a Astra Oil. Em seguida, a companhia brasileira precisou adquirir a parte restante em uma batalha judicial.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, em resposta a uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff disse que a aquisição de uma refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi autorizada pelo Conselho de Administração da companhia com base em um documento “técnico e juridicamente falho”.
“Nós achamos que a Petrobras tem feito um importante trabalho de investimento para o país e também um trabalho muito bom. Ela está sob ataque da oposição que quer, nesse momento, pegar grandes instituições brasileiras e atacar”, disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Uma nota do partido deve ser divulgada ainda hoje para defender a estatal.
O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), disse ter recebido uma ligação do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com “argumentos imbatíveis” sobre a compra da refinaria. O ministro encaminhou dados para o parlamentar ler na tribuna da Câmara dos Deputados, nesta tarde, enquanto oposicionistas cobram a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a transação. “A Petrobras não pode ficar assim recebendo pancadas toda hora. É ruim para o Brasil, não é patriótico”, disse.