Queiroga comemora 'liderança' no segundo lugar em pesquisa eleitoral de João Pessoa
O ex-ministro da Saúde usou as redes sociais para celebrar a 'liderança' no segundo lugar de um levantamento feito na capital paraibana; ele está oito pontos percentuais atrás do primeiro colocado
BRASÍLIA - O diretório do Partido Liberal (PL) de João Pessoa (PB) e o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) usaram as redes sociais para comemorarem a "liderança" no segundo lugar de uma pesquisa eleitoral. No levantamento, o ex-ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece atrás do atual prefeito da capital paraibana, Cícero Lucena (PP), em uma distância de oito portos percentuais. "Marcelo Queiroga lidera 2º lugar nas pesquisas", diz a legenda da postagem.
Além de celebrar a "liderança" na vice-colocação, a publicação também comemora a presença do ex-ministro em um eventual segundo turno. Porém, a margem de erro do levantamento, feito pelo Instituto Veritá, entre os dias 10 e 14 de junho, mostra que Queiroga está empatado tecnicamente com o ex-prefeito Luciano Cartaxo (PT), que tem 14,8%.
A margem de erro da pesquisa do instituto Veritá, que entrevistou 1.202 eleitores de João Pessoa, é de 3,5 pontos percentuais. O nível de confiança é de 95% e o levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número PB-07225/2024.
Queiroga conseguiu consolidar a sua candidatura em João Pessoa após o PL conseguir conter uma ala insatisfeita que preferia o lançamento do nome do deputado Cabo Gilberto Silva. O parlamentar foi o mais votado no Estado em 2022 e é o presidente do diretório municipal do município.
No início de março, Gilberto Silva foi orientado por interlocutores de Bolsonaro a ceder a candidatura para Queiroga. Na época, ele gravou um vídeo declarando apoio ao ex-ministro da Saúde, o que fez o conflito no diretório municipal arrefecer.
Queiroga foi ministro da Saúde entre março de 2021 e dezembro de 2022, substituindo o atual deputado Eduardo Pazuello (PL-SP). Na gestão do pré-candidato à prefeitura de João Pessoa, foi iniciada a campanha de vacinação contra a covid-19, sobre a qual Bolsonaro se posicionou de forma contrária.
O ex-ministro foi indiciado pelos supostos crimes de prevaricação e epidemia com resultado morte pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou supostas irregularidades da gestão de Bolsonaro contra a pandemia. A denúncia, que também acusa o ex-presidente e outras 64 pessoas, está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF).