Quem é Frederick Wassef, ex-advogado de Jair Bolsonaro e alvo da PF em ação sobre venda de joias
Advogado e amigo da família Bolsonaro defendeu Flávio no caso do esquema da 'rachadinha' e escondeu Fabrício Queiroz em uma das casas dele
O advogado criminalista Frederick Wassef, alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira, 11, faz parte do círculo mais íntimo da família Bolsonaro. Ele defendeu o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho mais velho, Flávio, e escondeu o ex-assessor Fabrício Queiroz durante as investigações de um suposto esquema de "rachadinha" no gabinete do "01?.
Denominada Lucas 12:2, a operação da PF desta sexta vasculhou quatro endereços em Brasília, São Paulo e Niterói atrás de provas dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A suspeita da corporação é de que Wassef estaria envolvido nesses delitos por meio da venda de joias recebidas como presentes durante agendas oficiais no exterior.
Além disso, Wassef costumava frequentar o Alvorada quando Jair Bolsonaro era presidente. Em novembro de 2022, depois que o ex-presidente foi derrotado nas urnas, o criminalista apoiou os acampamentos feitos por apoiadores do ex-chefe do Executivo perto dos quartéis do Exército em todo o País.
"Gente, isso vai muito além do que simplesmente uma eleição ou um presidente. Isso é uma semente que nasceu, o nosso herói Jair Bolsonaro foi quem começou no Brasil o despertar de uma consciência coletiva política de amor ao Brasil, à pátria, à bandeira", disse Wassef na época.
Nas últimas eleições, o advogado se candidatou a deputado federal pelo PL em São Paulo. Ele obteve 3.628 votos e ficou como suplente. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Wassef declarou um patrimônio de R$ 18 milhões, composto de vários imóveis no Brasil e no exterior.
Wassef diz sofrer 'campanha de fake news'
Em nota, Frederick Wassef afirma estar "sofrendo uma campanha de fake news e mentiras de todos os tipos" e ter sido "acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias". O advogado alega que nunca vendeu, ofereceu ou teve posse de qualquer joia. "Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda", afirma.