Reação a demissão no Exército leva Mourão aos Trends do Twitter; entenda
Ex-vice-presidente e general da reserva disse que Lula (PT) quis "alimentar crise" no Exército com troca de comandante
O senador e general da reserva Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi parar nos Trends Topics do Twitter com o apelido 'Paquita da Ditadura'. A ofensa dos internautas ao ex-vice-presidente viralizou após Mourão declarar que Lula (PT) quis "alimentar crise" com o Exército ao exonerar o comandante da instituição.
Segundo Hamilton Mourão, Lula quis "alimentar crise" com o Exército ao demitir o comandante que estava se recusando a "pedir a cabeça de algum militar, sem que houvesse investigação".
A principal causa do desligamento de Arruda teria sido, segundo o Poder 360, uma acusação de caixa 2 contra o tenente-coronel Mauro Cid durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O ex-comandante queria manter a nomeação do militar para comandar o 1° BAC (Batalhão de Ações de Comandos) em Goiânia (GO) a partir de fevereiro.
Lula, por outro lado, queria que a promoção do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro fosse revogada por conta das acusações.
A declaração foi dada durante em uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Mourão criticou a demissão, assinada pelo presidente, do general Júlio César Arruda, que foi empossado para o cargo no dia 30 de dezembro.
A opinião não foi bem recebida pelos apoiadores do governo. Logo, o apelido 'Paquita da Ditadura' ganhou as redes sociais, em crítica ao ex-vice-presidente.
Quem tá cagando e andando para a opinião do Mourão, escreve aqui: PAQUITA DA DITADURA NÃO DÁ PALPITE
— Janoninho (@_Janoninho) January 21, 2023
A Paquita da Ditadura sendo jantada na hora do almoço. https://t.co/3vKgUW1A8w
— | 𝓛𝓲𝓪 | ✠ ⭐ (@welcomenerverla) January 22, 2023
'Estancar a fratura'
O nome do novo comandante, Tomás Miguel Ribeiro Paiva, foi anunciado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que declarou à imprensa que o novo governo precisava "estancar" a fratura na confiança causada pelo atentado de 8 de janeiro.
"Evidentemente que depois desses últimos episódios, a questão dos acampamentos e a questão do dia 8 de janeiro, as relações, principalmente no Comando do Exército, sofreram uma fratura no nível de confiança e nós achávamos que nós precisávamos estancar isso logo de início até pra que nós pudéssemos superar esse episódio", disse o ministro na ocasião.