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Política

Renan Calheiros retira candidatura à presidência do Senado

Senadores pediam terceira votação, mas Mesa Diretora preferiu continuar o pleito com o nome de Renan

2 fev 2019 - 17h49
(atualizado às 17h58)
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Um dos favoritos para a presidência do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) foi à tribuna da Casa e, em discurso inflamado, renunciou à candidatura. A tendência é que David Alcolumbre (DEM-AP) seja eleito.

A eleição na Casa Alta está atolada em polêmicas. Deveria ter sido realizada nesta sexta (1), mas a sessão foi muito tumultuada. A votação foi marcada para esse sábado (2).

Senador Renan Calheiros durante reunião de comissão do Senado
20/06/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Senador Renan Calheiros durante reunião de comissão do Senado 20/06/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Uma votação foi realizada. Porém, quando a urna foi aberta, a Mesa Diretora constatou que havia um voto a mais que o número de votantes. Nova votação começou a ser realizada.

Renan deixou a disputa com a nova votação já acontecendo. Ou seja, as cédulas têm seu nome. Como apontou a senadora Selma Arruda (PSL-MT), "quem votou no Renan, perdeu o voto". Ela também apontou para a possibilidade de nova judicialização da escolha do presidente da Casa.

Ainda que alguns senadores queriam uma terceira votação, a direção do Senado resolveu continuar com o pleito.

A interpretação do caso é que Renan Calheiros, ótimo leitor de conjunturas, percebeu que arriscava ser derrotado e por isso abandonou a candidatura. Ele, porém, afirmou estar deixando a disputa como uma defesa da democracia.

Nessa manhã, o STF (Supremo Tribunal Federal) se meteu na eleição. O presidente do Tribunal, Dias Toffoli, determinou que a votação fosse fechada.

Colocada em discussão no Senado, a decisão foi aceita. Às vezes, o Legislativo decide descumprir decisões do Judiciário. Depois, houve discussão se o voto seria eletrônico ou por cédulas de papel. Venceu o papel.

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Fonte: Redação Terra
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