RJ: Pezão diz que descarta participação do PT em seu governo
Governador reeleito afirma que só irá contemplar partidos que estiveram com ele desde o primeiro turno
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou que o PT não terá espaço na sua aliança neste primeiro momento. O peemedebista disse que não se fecha ao diálogo com a sigla, mas que, a princípio, só “participará do governo quem esteve comigo na aliança de primeiro turno”. Depois de anos aliado ao então governador do RJ, Sérgio Cabral (PMDB), e ao próprio Pezão, o PT estadual decidiu, no início deste ano, deixar o governo e lançar candidatura própria, com o senador Lindberg Farias entrando na disputa. A candidatura naufragou e ele acabou em quarto lugar na disputa no primeiro turno.
“Tive apoio de cinco deputados estaduais (do PT) no segundo turno, mas o PT não participou da minha aliança”, pontuou Pezão, na Assembleia Legislativa, logo após a diplomação dos eleitos, nesta segunda-feira.
Alvo de várias ações com pedido de cassação de mandato por supostas irregularidades na campanha, o governador diplomado disse que já ganhou cinco ações e se mostrou tranquilo. “É direito dos meus adversários entrarem no Ministério Público contra mim, mas é meu direito também me defender”.
Pezão deve começar a anunciar nesta terça-feira o seu novo secretariado. A ideia é conversar primeiro com os demissionários e comunicá-los das novas nomeações. Com um leque de alianças muito amplo, com 18 partidos, o que lhe pavimentou o caminho para a reeleição, Pezão terá que acomodar um grande número de partidos. “Vou procurar unir o (perfil) técnico ao político”, garantiu o governador.
A série de ataques a policiais militares nos últimos meses, principalmente contra os que atuam em áreas onde há instaladas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), vai levar a cúpula da segurança pública a reavaliar o programa. Segundo o governador, haverá reforços em áreas conflagradas, como Rocinha e Alemão.
“Em abril, quando tomei posse (no lugar de Cabral) fui muito criticado pelos órgãos de direitos humanos ao defender que quem mata policial tem que ter o dobro da pena. Não compactuo com erros de policiais, mas a gente não pode achar normal as pessoas tirarem a vida destes profissionais”, defendeu.