Rosângela Moro cobra explicação sobre verba usada em brindes na posse de Gleisi e Padilha
O evento contou com a distribuição de leques do Partido dos Trabalhadores com a mensagem: "O que ela quer da gente é coragem" e bonés com o escrito "O doutor chegou"
A deputada Rosângela Moro (União-SP) protocolou nesta sexta-feira, 14, três requerimentos na Secretaria de Comunicação Social, Secretaria de Relações Institucionais e no Ministério da Saúde, questionando a origem dos recursos utilizados para custear os "brindes" distribuídos durante a posse da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Alexandre Padilha.
"É necessário esclarecer a origem dos recursos utilizados na confecção e distribuição dos materiais personalizados amplamente divulgados durante a cerimônia de posse conjunta dos ministros Alexandre Padilha e Gleisi Hoffmann, realizada no Palácio do Planalto no dia 10 de março de 2025. O uso desses materiais em um evento oficial da administração federal não pode deixar dúvidas quanto à legalidade de seu custeio e à conformidade com a legislação vigente", afirma a deputada.
A posse de Gleisi na Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, realocado para o ministério da Saúde levou o PT em peso e movimentos sociais para o Palácio do Planalto na última segunda-feira, 10.
O evento, concorrido, teve convidados espalhados por três salões e contou com a distribuição de leques do Partido dos Trabalhadores com a mensagem: "O que ela quer da gente é coragem", frase do livro Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa. Também houve a distribuição de bonés em homenagem a Padilha com o escrito "O doutor chegou".
Em sua conta no X (antigo Twitter), Rosângela criticou a distribuição de itens em eventos do governo. "Protocolei pedidos de informações sobre fatos que precisam ser esclarecidas: quem pagou os brindes distribuídos pelo governo na posse dos ministros? Não bastaram as meias de propaganda ao Pé de Meia, agora ainda teve boné e abanadores", escreveu a deputada.
O governo Lula enviou pares de meias na divulgação do programa Pé-de-Meia de presente a deputados e senadores. Procurado pela Coluna do Estadão, o Ministério da Educação disse que o gasto faz parte das "ações de lançamento do programa", e também envolve recursos da Caixa.
A presença de itens temáticos passou a ser frequente após a "guerra dos bonés", que ocorreu no início do ano legislativo no Congresso Nacional. O embate foi inspirado nos bonés utilizados pelos apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Ministros licenciados do governo Lula usaram bonés azuis (cor relacionada ao Partido Democrata, opositor de Trump nos EUA) com os dizeres "O Brasil é dos brasileiros" para votar nas eleições da Câmara e do Senado, enquanto a oposição decidiu usar o item verde e amarelo com a frase: "Comida barata novamente. Bolsonaro 2026?.
