Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Sabatina Estadão: Voto em Boulos é 'inútil' para deter Marçal e Nunes, diz Tabata; veja entrevista

Candidata avalia que não será vítima de voto útil na reta final e acredita que pode se beneficiar com a chegada de novos eleitores preocupados com a possibilidade de o ex-coach ir para o segundo turno

13 set 2024 - 12h16
(atualizado em 14/9/2024 às 07h01)
Compartilhar
Exibir comentários

Tabata Amaral (PSB), candidata a prefeita de São Paulo, disse em sabatina ao Estadão não temer ser vítima de voto útil na reta final da eleição e, que na verdade, pode se beneficiar do movimento oposto e receber votos de eleitores que querem evitar que Pablo Marçal (PRTB) ou Ricardo Nunes (MDB) estejam no segundo turno. Pesquisa qualitativa realizada pelo Instituto Travessia mostrou que parte dos eleitores cogitam adotar o voto estratégico para impedir que o ex-coach avance no processo eleitoral.

"As pessoas ao verem Nunes, Marçal e Boulos enrolados [na liderança das pesquisas], sabendo que eu sou a única que vence com margem do Nunes e do Marçal, fazerem o movimento para cá", disse Tabata, acrescentando que a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) defende voto útil nele apenas porque lhe é conveniente. "Me parece que isso é um voto inútil, apostar em alguém que quando chega no segundo turno não tem a menor chance. Voto útil é com a gente", acrescentou.

A candidata do PSB afirmou ainda que a aliança entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) não foi reeditada a nível municipal com Boulos porque ela não quis, apesar dos convites nesse sentido. Tabata disse que é "absolutamente diferente" do psolista no "conteúdo e na forma".

"Isso você percebe nas posições que eu tenho em relações a ditaduras de esquerda, nas minhas posições econômicas e na forma como eu faço política. Eu acredito muito no dialogo. Eu não estou aqui para defender meu grupinho da rede social, nem levantar o cartaz e ser elogiado por artista. Estou aqui pra levar transformação para a vida das pessoas", disse ela.

Tabata comemorou o fato de ter ganhado uma posição nas pesquisas. Embora estável, agora ela aparece numericamente a frente de José Luiz Datena (PSDB) na maioria dos casos e que o objetivo é galgar mais posições até o dia da votação.

Tabata Amaral, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, em entrevista ao Estadão
Tabata Amaral, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, em entrevista ao Estadão
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Ela afirmou que manterá a tarifa de ônibus congelada em R$ 4,40 em seu próximo mandato, mas disse ser inviável do ponto de vista financeiro expandir a tarifa zero para todos os dias da semana como defendem Nunes e Boulos. A candidata defendeu ainda instalar câmeras corporais nos fiscais da Prefeitura e remodelar o modelo de concurso para professores da rede pública municipal para que apenas profissionais realmente qualificados sejam selecionados.

Leia a entrevista na íntegra:

Gostaria que a senhora fizesse uma análise do cenário atual da disputa. As pesquisas têm mostrado três candidatos à frente, enquanto a senhora permanece consistentemente em quarto lugar, sem conseguir avançar, mas também sem perder votos.

Graças a Deus, né? A gente vê Nunes, Boulos e Marçal enrolados. Eu iniciei em quinto lugar, por isso falei 'graças a Deus', porque, competindo contra o financiamento ilegal e o uso da máquina, consegui subir, me estabilizei agora em quarto lugar e vou disputar o terceiro.

Os desafios ainda são aqueles que mencionei. Estou competindo contra candidatos que fazem uso abusivo da máquina. As denúncias que venho apresentando, de que Marçal financia sua campanha de forma ilegal, ainda não foram respondidas pela Justiça, mas o bom é que quem decide é o povo. Com coragem, firmeza e propostas, seguimos. Tivemos uma semana sem debate, então foi uma semana mais morna, mas no domingo a disputa começa, e, a cada dois ou três dias, teremos novos debates. É nesses momentos que, graças a Deus, tenho conseguido me destacar e apresentar minhas propostas.

A campanha da senhora na TV tem tratado muito de propostas, mas a senhora também se dedicou bastante a expor a candidatura de Marçal nas redes. Isso parece estar funcionando, segundo uma pesquisa qualitativa a que tivemos acesso, pois o seu eleitorado está preocupado com a possibilidade de ele ser eleito. De certa forma, isso cria um desafio para a senhora de que esse eleitor não fique tentado a fazer o voto útil, ou seja, votar em algum outro candidato, para evitar que Marçal vá para o segundo turno?

Não, eu tenho a visão contrária, e isso mostra que os números podem ser lidos de várias formas. Saiu na Atlas, e também em outras pesquisas, que sou a única candidata que não perde para ninguém no segundo turno. Eu ganho com margem do Nunes, ganho com margem do Marçal, e tive um empate técnico com Boulos, que, sinceramente, não acredito. Sou a candidata com a menor rejeição, ao contrário dele. Então, me parece que, na verdade, que o cenário pode ser o oposto. As pessoas, ao verem Nunes, Marçal e Boulos embolados, e sabendo que eu sou a única que vence com margem o Nunes e o Marçal, podem acabar migrando para a minha candidatura.

É claro que a campanha do Boulos defende essa tese (do voto útil), porque é conveniente para ele, mas estamos chamando a atenção para um fato: votar no Boulos é colocar no segundo turno um candidato que, com certeza, perde para o Nunes e tem chance de perder para o Marçal. Isso parece um voto inútil. Apostar em alguém que, no segundo turno, não tem a menor chance. O voto útil é comigo. Se eu chegar ao segundo turno, tenho certeza de que venço de qualquer forma.

Hoje a cobertura da Estratégia Saúde da Família em São Paulo está em 40%. A senhora fala em elevar esse número para 75%. A senhora tem ideia de quanto isso custaria? De onde virá o dinheiro para conseguir, de fato, realizar essa ampliação?

Com certeza. O dado com o qual eu trabalho — e estamos em um momento de muito pouca transparência, então é natural que haja um desencontro —, é que temos um pouco mais de 50% de cobertura de saúde da família. O que isso significa para quem nos acompanha? Que, se olharmos para a população sem convênio em São Paulo, cerca de 20% não é atendida por essa atenção primária. O que é isso? É o atendimento por enfermeiros, técnicos de enfermagem ou agentes comunitários de saúde.

E eu trago essa provocação porque temos um SUS que, no seu desenho, é maravilhoso, mas, para o SUS se sustentar, a base tem que ser forte. Aqui em São Paulo, temos centros como o Hospital das Clínicas, que são referências para o mundo, verdadeiras ilhas de excelência. O problema é que as pessoas não conseguem acessar o sistema público de saúde. Minha primeira proposta é fortalecer justamente a saúde da família, ampliando a cobertura para 75%. O custo disso é de R$ 1,25 bilhão.

As pessoas me perguntam: de onde vem esse dinheiro? A primeira coisa é reorganizar o que já temos. Houve um aumento no investimento em saúde — são mais de R$ 20 bilhões por ano —, mas o sistema é caótico e desorganizado. Só para vocês terem uma ideia: de cada três consultas marcadas, uma não acontece. Veja o desperdício que temos porque a Prefeitura não usa tecnologia nem faz a gestão das filas. Então, o primeiro passo é cuidar da gestão. O segundo, com os dados em mãos, que hoje a Prefeitura não tem, é conseguir mais repasses do Governo do Estado e do Governo Federal.

Tabata Amaral, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, em entrevista ao Estadão
Tabata Amaral, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, em entrevista ao Estadão
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

E é por isso que insisto muito nessa questão. Eu não sou a candidata nem do Lula nem do Bolsonaro, sou uma candidata independente. Mas sou a única que tanto o Tarcísio quanto o Lula já disseram que poderão apoiar. Então, obviamente, temos uma série de propostas para a saúde, mas começamos com esse fortalecimento, trazendo 400 novas equipes de saúde da família e reorganizando as filas. As filas aumentaram 50%, temos 100 mil pessoas aguardando uma cirurgia e 400 mil aguardando por exames. Isso é inaceitável.

A senhora fala em inaugurar unidades de farmácia popular em todos os hospitais veterinários da Prefeitura de São Paulo e diz que, atualmente, a cidade não conta com nenhuma farmácia popular com esse foco. A senhora acha que terá recursos para a saúde animal sem comprometer os recursos para a saúde da população?

Sim, são ordens muito diferentes. Só para colocar em números para quem está nos acompanhando: o orçamento da saúde é de mais de R$ 20 bilhões. Todas as minhas propostas para a causa animal, somadas, custam R$ 75 milhões. Então, naturalmente, são ordens de grandeza muito diferentes. O recurso destinado à causa animal não vai faltar para a saúde humana, obviamente.

Quais são as propostas que eu trago para a causa animal? São três. A primeira delas é a Farmapet, que seria a farmácia popular nos quatro hospitais veterinários municipais que temos. A segunda é a ampliação do horário desses hospitais para que funcionem 24 horas. E a terceira é a criação de duas UPAs veterinárias, uma na zona leste e outra na zona sul, para desafogar os atendimentos.

Apesar do valor ser muito reduzido, muitas pessoas me perguntam, naturalmente: 'Mas, Tabata, isso é prioridade?' E eu respondo com toda a certeza que sim. Trago algo que vivi na minha vida. Hoje, tenho sete cachorros, sempre tivemos muitos bichinhos em casa, e quantas vezes eu não vi meus pais, desempregados, pedirem dinheiro emprestado a algum amigo da igreja para pagar uma consulta ou um remédio.

Essa é uma coisa que quem tem pet entende. A gente se sacrifica, se endivida, mas não deixa o bichinho morrer. Então, dado que é um investimento pequeno, mas que significa muito para a população, temos esse compromisso com a causa animal.

No programa de governo sobre moradia, a senhora mencionou a criação de uma plataforma digital de locação social e compra subsidiada de imóveis, para que imóveis desocupados possam, de alguma forma, ser alugados, com a prefeitura atuando como uma espécie de fiador. O que a senhora pretende fazer com esses imóveis desocupados, que já pagam, segundo a legislação, o IPTU progressivo e que não cumprem a função social?

Quando falamos do PEUC, que é o instrumento que você mencionou, eu tenho coragem e independência para fazer a lei ser cumprida, algo que o atual prefeito não tem. Resumindo rapidamente, para quem nos acompanha, o que é o PEUC? Quando o imóvel está abandonado, você deve notificar o proprietário e dar a ele a oportunidade de dar algum uso ao imóvel. Se a pessoa não faz isso e o imóvel segue abandonado, o IPTU vai aumentando. Quando chega a 15% do valor do imóvel, a Prefeitura pode tomar o imóvel e fazer a indenização.

Para termos noção do problema no centro de São Paulo: um quinto dos imóveis está abandonado. Em uma cidade com 400 mil pessoas em déficit habitacional, vivendo nas ruas ou em condições precárias, ter um quinto dos imóveis abandonados na região central é um grande absurdo.

Por que o PEUC não é utilizado hoje? Porque falta coragem e independência ao atual prefeito. Agora, deixe-me falar sobre o PREFIA, uma grande aposta nossa. Como mencionei, precisamos melhorar a transparência dos números, mas São Paulo tem 12 milhões de habitantes e 400 mil pessoas vivendo em condições indignas.

Tabata Amaral, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, em entrevista ao Estadão
Tabata Amaral, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, em entrevista ao Estadão
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Qual foi a principal solução até agora? A construção de grandes residenciais. Qual o problema? Em uma cidade tão populosa e cara como a nossa, não se encontra terreno barato em regiões com transporte público, como ônibus e metrô, e estão colocando as pessoas para morar cada vez mais longe. Esses projetos levam de 5 a 10 anos para sair do papel, e há muitas denúncias de corrupção tanto na fila de acesso aos imóveis quanto nos valores recebidos pelos empreendimentos.

De onde vem o PREFIA? É uma solução que vemos em muitos países europeus. A ideia é simples: o que importa é o direito à moradia. Temos imóveis vazios, uma falha de mercado, que não estão sendo ocupados, e pessoas que podem pagar uma quantia, como R$ 500 ou R$ 800, mas que não é suficiente para morar no centro. Qual é a solução? A pessoa paga o que pode — exclusivamente para quem é de baixa renda —, e a Prefeitura complementa o valor e entra como fiadora, já que a questão do fiador gera a falha de mercado.

E eu falo isso por experiência própria. Sou deputada federal, tenho um ótimo salário, mas nunca consegui ninguém que entrasse como fiador para mim. No aluguel que pago, precisei fazer um depósito caução. Por quê? Minha família não tem patrimônio ou imóvel, e as pessoas me adoram, mas não o suficiente para colocar o imóvel delas como garantia. Isso também afeta jovens que têm uma boa renda, mas não conseguem alugar no centro porque suas famílias não têm patrimônio. E tudo isso é muito mais barato e transparente do que apostar apenas em residenciais.

A senhora talvez seja a única candidata cujo plano de governo não não fala em aumentar a guarda civil metropolitana. A senhora só diz que vai ampliar o número de guardas na função Maria da Penha. Mas ao mesmo tempo a senhora fala que a guarda assumiria 100% de chamados de perturbação de sossego. Por mês, a PM recebe 45 mil queixas de perturbação de sossego na cidade de São Paulo. É a principal queixa com o telefone 190. A guarda, por ano, faz 201 mil atendimentos. Vai ter gente para atender todos esses 45 mil chamados?

Vou explicar tudo isso. Nós somos muito cuidadosos com tudo que a gente faz. Primeira coisa, nós temos hoje 7.500 guardas e a gente tem um compromisso de trazer 1.000 novos guardas. Tanto que, na tabela do orçamento, de quanto custa o nosso plano de governo, existe a previsão de um investimento adicional de 1 bilhão de reais para a GCM. Da onde vem esse 1 bilhão de reais? É o custo de você trazer 1.000 novos guardas e de você aumentar uma remuneração que existe hoje para quem atua numa região perigosa, numa região mais vulnerável e também trazer uma remuneração, uma gratificação diferenciada para quem consegue, naquele território, reduzir os índices de criminalidade, de desordem urbana e por aí vai.

Então, por que a Tabata fala em trazer 1.000 novos guardas e o Marçal, por exemplo, fala em triplicar a guarda? Porque a Tabata fez conta. O Marçal não fez para absolutamente nada. Se trazer 1.000 novos guardas tem um custo de R$ 1 bilhão, imagine o custo de triplicar a guarda.

Esse é o primeiro ponto. O segundo é a gente apostar nessa integração das forças policiais e no uso da tecnologia. Por que as pessoas ligam para o 190 para reclamar do bar que está aberto de madrugada? Porque se elas ligam para o 156, ninguém atende, não resolve. Mas é atribuição da PM cuidar de desordem urbana? Não é, é da Prefeitura. Então, o que está lá no nosso Plano de Governo? Investir R$ 1 milhão por subprefeitura para cada subprefeitura ter um centro de controle, segurança e tecnologia.

As três forças atuarem conjuntamente e os chamados chegarem em um único número. E aí, dentro desse centro de segurança, os chamados de desordem urbana vão para a GCM. Mas não quer dizer que é a GCM que vai lá fiscalizar. É porque a GCM é a responsável na Prefeitura pela segurança.

Temos uma previsão, em outro capítulo do Plano de Governo, de aumentar o número de fiscais que fiscalizam o desordem urbana. Por que a gente não crava o número? A gente vem tentando, por meio de requerimento de informação, saber exatamente quantos fiscais a gente tem hoje.

Trezentos.

Esse número não está correto. Eu vou explicar. A gente fez um requerimento no começo do ano e a Prefeitura disse que tinha menos de 10 pessoas fiscalizando a Lei do "Psiu". Por isso que ninguém atende. A gente vem tentando fazer novos requerimentos e eles não trazem o dado individualizado.

Esse número são todos os fiscais que a gente tem.

São todos os fiscais. Um debate técnico. Mas para dizer que, com a aproximação da campanha eleitoral, a Prefeitura não vem mais disponibilizando os dados. Então eu não consigo gravar quantos tem hoje para fiscalizar o "Psiu" e qual é o engajamento.

Mas de qualquer forma, são 45 mil chamados. A Guarda não tem condições de atender todos eles.

Mas é o que eu trouxe e acho que eu fui clara. A Guarda vai estar no Centro de Controle e Segurança receptando esses chamados e direcionando o que é Governo do Estado, o que é Município. Mas o papel da Guarda é encaminhar para a Prefeitura. E serão os fiscais que olham para a desordem urbana que farão essa fiscalização. E apenas na ocorrência de alguma recepção violenta, alguma coisa que o justifique, que a Guarda seria chamada.

A senhora fala também câmeras corporais para os fiscais, assim como para a Guarda Municipal. Eles usariam o tempo inteiro durante o período de atividade profissional?

A política de câmeras corporais é um grande sucesso. Em todos os lugares em que foi testado, mostra que traz mais segurança para o policial, para o agente público, e mais segurança para a população. Então defendo, sim as câmeras corporais. E aí, qual é essa ideia que a gente traz? É um investimento reduzido, mas é para que os fiscais da Prefeitura também tenham essas câmeras.

Por quê? É uma proteção para eles, mas também para quem está sendo fiscalizado. Eu estou diariamente na rua, ouvindo reclamação de pequeno comerciante, de ambulante, que, inclusive, tem a autorização, tem a TPU, mas que diz que é achincalhado, que é obrigado a pagar uma propina, que sofre uma violência.

Então é daí que vem esse entendimento. A cidade está largada. Descarte ilegal de lixo, comércio ilegal nas ruas, postes que estão quebrados, sujeira. Tem um descontrole da ordem urbana. Nós vamos precisar de mais fiscais. Mas esses fiscais têm que estar lá para proteger a população, e não para cobrar uma propina, não para ter uma atitude ilegal. Então, por isso, as câmeras corporais.

A senhora propõe criar o Centro de Justiça Restaurativa com capacidade para receber e educar indiretamente casos relacionados a drogas que ocorram na região central. Estabelecer instituições que busquem reparar os danos, etc. Mas a organização do Poder Judiciário não é um tema que é tratado pelo Judiciário e não pelo Executivo? Como é que a senhora espera tirar isso do papel se isso não é algo que depende necessariamente da Prefeitura?

Muitas coisas que estão no meu plano de governo dependem do Governo Federal, dependem do Governo do Estado e é por isso que eu reforço tanto: eu terei o apoio do governador e eu terei o apoio do presidente da República. Porque quem não tiver, a cidade está lascada, não consegue fazer as coisas.

Quando a gente fala da Cracolândia, é o problema mais complexo que a gente tem em São Paulo. Porque eu vou precisar da PM, além da GCM, da Polícia Civil, eu vou precisar também de um trabalho com o Ministério Público, com lideranças religiosas, com o Judiciário, mas eu tenho muita certeza que, com a habilidade de diálogo e articulação que eu demonstrei em Brasília, sendo autora, relatora, coautora de 19 projetos que viraram lei, eu terei condições, como prefeita da maior cidade do Brasil, de trazer esses atores de forma horizontal para que a gente possa trabalhar junto.

De onde vem essa proposta da Justiça Restaurativa? É uma experiência que está comprovada pelo Conselho Nacional de Justiça, é uma recomendação deles. Então, dado que é uma recomendação que muitos prefeitos não aceitam, eu tenho certeza que esse trabalho vai ser feito.

Tabata Amaral, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, em entrevista ao Estadão
Tabata Amaral, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, em entrevista ao Estadão
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

E pra que que serve? Pra gente ter coragem de entender que na Cracolândia tem bandido e tem doente. Bandido não é coitadinho, bandido você enfrenta. É entender esse sistema criminoso que lucra R$ 200 milhões por ano, que se espalhou pela cidade, são mais de 70 Cracolândias, e a gente tem que entender, tem agente público envolvido?

Tem hotel? Tem ferro velho? Como é que esse sistema se alimenta, esse mercado? Mas é também entender que tem mil pessoas que estão ali doentes, e doente você acolhe. Então, qual que é essa proposta? Você traz a pessoa e quando você vai dar a pena dela, você traz condições pra que essa pena seja atenuada.

Um exemplo é, se a pessoa busca um tratamento, se a pessoa faz um curso profissionalizante, você olha pro todo e não apenas pra organização.

A senhora acredita que o Tribunal de Justiça não vai colocar nenhum óbice a isso?

De forma alguma. De novo, é um protocolo reconhecido e estabelecido por eles.

Uma questão que preocupa os paulistanos é infiltração do PCC no transporte público, dos relatos de que empresas seriam utilizadas pra lavar dinheiro do tráfico. Como a senhora vai lidar com esse problema? Pretende cancelar contratos de alguma maneira ou decretar novas intervenções em empresas de ônibus?

Acho que é importante deixar claro, pra quem nos acompanha, que a gente tem uma operação que envolve diferentes órgãos do Judiciário, da Polícia, que já deixou claro que tem pelo menos duas empresas aqui em São Paulo, Transwolf e UpBus, que estão envolvidas na lavagem de dinheiro do crime organizado, ou seja, estão usando transporte público pra lavar dinheiro do crime.

E acho que é importante trazer qual foi a atitude do prefeito Ricardo Nunes, porque a minha será oposta. Diante, não é buchicho, não é fofoquinha, diante dessa operação de dono de empresa que foi preso, o que ele fez? Ele não quis abrir mão desses contratos. Ele foi lá gravar vídeo elogiando uma das empresas.

Ele só fez o que eu teria feito desde o momento zero, que é assumir o serviço pra não prejudicar os trabalhadores nem a população abrindo mão desses contratos até que se faça nova licitação, quando o Ministério Público mandou ele fazer.

Então, não podemos atuar em cima de qualquer coisinha, tem que ter segurança jurídica, mas quando o dono da empresa é preso, quando você tem órgãos independente dizendo 'isso aqui é crime', o prefeito de São Paulo tem que dar graças a Deus que isso aconteceu, porque tem um argumento jurídico pra abrir mão daquele contrato e assumir o serviço até que tenha uma nova licitação.

E me preocupa muito não só esse caso específico, mas o quanto o crime organizado está entrando na política municipal aqui em São Paulo. De novo, não é a Tabata que está dizendo. Existe uma operação mostrando a infiltração do crime organizado aqui na região metropolitana, tem uma matéria muito bem feita que mostrou que o PCC destinou R$ 8 bilhões para financiar as eleições municipais nesse ano e a gente tem um outro candidato, que é o Pablo Marçal, por exemplo, que tem inúmeras ligações com pessoas do crime organizado.

Então, me parece que o Brasil corre sim um risco de ir por um caminho como a Colômbia foi no passado, como o México também está arriscando nesse momento de você ter o crime se usando de contatos públicos pra lavar seu dinheiro sujo.

Ainda na área de transportes, a senhora fala em remodelar o sistema de bilhetagem e estudar o pagamento do transporte público com cartão e com Pix. Todo esse sistema é feito em integração com o transporte sobre trilhos que é do governo do Estado. Como manter a integração se a senhora mexer no Bilhete Único?

Tem uma outra parte do plano de governo que traz uma coisa que eu brinco, tem as coisas que não dá voto nenhum, mas que ajuda a governar: a gente ter um órgão que faça a gestão metropolitana do transporte público. Parece estranho uma futura prefeita, se Deus quiser, querer abrir mão de um pouco do seu poder no transporte. Mas se a gente olha para o mundo, cidades grandes fazem essa gestão metropolitana. Eu cresci em Pedreiras, Cidade Ademar, do ladinho do ABC. Gente, para a população não importa se é Diadema ou se é São Paulo. A gente quer que esse todo esteja integrado.

Até pra que essa proposta possa funcionar, propomos um órgão em que as 39 cidades da região metropolitana e o governo do Estado estejam conjuntamente fazendo a gestão do trânsito. Não só pra que as linhas possam ser pensadas de forma mais integrada, para que a cobrança possa ter uma integração em toda a região metropolitana, mas também para que a gente possa pensar de forma mais inteligente o que acontece.

Tem uma coisa bem específica, mas quem faz transporte de carga, que estourou com o aumento das encomendas online. Pra quem faz esse transporte, em cada cidade que você entra, é um horário diferente, é uma regra diferente, é o custo Brasil cada vez maior. Então, já estamos dialogando com o governo do Estado, é um diálogo a ser feito com os prefeitos da região metropolitana, mas me parece que as pequenas cidades, na verdade, vão ter interesse nisso. Vamos fazer essa gestão do jeito que o mundo faz. E aí, uma outra proposta que eu trago é da gente fazer um redesenho das linhas. O metrô expandiu, o trem expandiu, a cidade cresceu, mas as linhas de ônibus de hoje são as mesmas de 15 anos atrás quando meu pai era cobrador de ônibus. Elas não mudaram.

Por isso que tem áreas descobertas e por isso que o ônibus dá tanta volta. A gente tem condições de ter linhas mais diretas, mais eficientes, o que, inclusive, reduz o custo do transporte público e a gente pode trazer mais linhas de ônibus.

Especificamente sobre o futuro da Tarifa Zero e o congelamento da passagem de ônibus em São Paulo. Qual é a posição da senhora e o que a senhora pretende fazer se eleita?

Manterei a Tarifa Zero aos domingos e temos uma proposta de remodelá-la para que ela seja melhor. Se a gente pega hoje as frotas ao domingo, são basicamente as mesmas que a gente tem de dia de semana, mas com menos ônibus circulando. Só que os trajetos que as pessoas fazem aos domingos não são os mesmos que elas fazem de segunda a sexta. Antigamente seria impossível você fazer isso.

Com os dados que a gente tem de Google Maps, de Waze, temos condições de enxergar quais são os trajetos que as pessoas fazem aos domingos e remodelar essas linhas. E aí vão falar "Tabata, mas também não vai ficar muito confuso?" Gente, a tecnologia está aí pra isso. Podemos hoje colocar num aplicativo, antigamente ligávamos no 156, e o aplicativo te dizia qual é a linha que estava naquele dia. É a gente chegar no ponto de ônibus e ter um painel, isso é muito barato, que diz quais são as linhas, em quanto tempo chega cada uma, para o domingo ser o dia dos encontros. Um dia que a gente visita uma tia, vai ver um jogo de futebol, vai numa peça de teatro.

Sobre os outros dias, a gente não tem condição hoje de implementar a Tarifa Zero. É uma proposta tanto do Nunes quanto do Boulos, mas eu digo, não vão ser prefeitos de São Paulo, então não vamos conseguir pegar eles nessa mentira. Mas se fossem, a gente veria.

Tabata Amaral, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, em entrevista ao Estadão
Tabata Amaral, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, em entrevista ao Estadão
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

São Paulo coloca mais de R$ 11 bilhões por ano no transporte público. Para fazer a tarifa zero no dia de semana, seria pelo menos mais R$ 10 bilhões. Com linhas antigas, ônibus quebrando, frota reduzida.

O que as pessoas querem é qualidade. É o ônibus ser mais rápido, ela poder confiar, ter ar-condicionado. Todo esse investimento que eles fariam pra fazer uma promessa mentirosa, eu planejo fazer pra gente ter um transporte público que funcione.

Mas é possível manter a tarifa congelada como ocorreu nos últimos quatro anos? Eu tenho um plano de ser prefeita por oito anos. Se Deus quiser e o povo votar. E o meu compromisso de primeiro mandato é não alterar a tarifa de ônibus. E aí entender onde é que está o problema hoje, desde a pandemia e também o movimento dos últimos anos.

Isso vai explodir o subsídio.

É isso que eu vou endereçar isso agora. Nós vimos a classe média sair do transporte público. As contas estão muito estranguladas, por conta dos desvios que a gente tem, por conta de linhas que são muito ineficientes, mas também porque quem pode pagar um carro e uma gasolina se mata, mas paga o carro e a gasolina. Por quê? Porque você leva, na média, duas horas e meia no transporte público.

E quem está em São Mateus, e quem está em Parelheiros, leva três, quatro horas. Então, é uma visão de pensar no longo prazo. É essa visão de oito anos. Gestão metropolitana, reorganizar as linhas, pra gente trazer a classe média para o transporte público. Tem inclusive classe alta, gente que aqui em São Paulo nunca pisou no metrô, mas vai para a Europa e só quer andar de trem. Por quê? Porque bota no aplicativo e vê que é mais rápido. Me parece que o problema com a conta hoje não é da tarifa em si. Até porque se a gente vai aumentar para R$ 5 não é isso que vai resolver. [O problema] É a gente ter a classe média paulistana não usando o transporte público.

E me parece que, com um planejamento de médio prazo, um trabalho com o governo do Estado, a gente consegue resgatar a confiança e trazer essa população que vai ser muito importante pro caixa.

A senhora quer crescer receita para compensar esse aumento.

Exato. E eu tenho absoluta convicção de que no segundo mandato a gente vai ter que reajustar essa tarifa. Qual é o problema da tarifa zero? A gente vai expulsar cada vez mais gente do transporte público. Se já não presta hoje, imagina com mais gente circulando. É a gente fazer uma aposta, de médio prazo. De que a gente investe na qualidade, em tecnologia, aumenta o público do transporte público e isso vai começar a organizar o caixa.

O programa de governo da senhora afirma que vai alterar o modelo de concurso público para a contratação de professores a fim de selecionar profissionais com melhores habilidades didáticas. Gostaria que a senhora detalhasse essa proposta.

Tem um debate, inclusive nacional, que é da precarização da formação em pedagogia e licenciatura. Por muitos anos, e o MEC acabou de mudar isso, as formações foram 100% online. Todo mundo que trabalha com educação, que luta pela escola pública como eu luto, sabe o quanto que isso foi um tiro no pé. Cursos de R$ 200, R$ 100, que estão formando professores que não são habilitados para estar em sala de aula.

E essa é uma coisa que inclusive eu debati com os professores atuais. Quando a gente tem um concurso que não olha para a prática pedagógica, que não olha para o exercício da função, esse concurso ele pode ser até maquiado por um EAD, mas um professor que nunca atuou em sala de aula, ele não está preparado. Então, é sim manter o concurso público com a parte teórica, mas trazer uma inovação que nem é tão inovadora assim, que é a atividade prática. É garantir que a gente está selecionando professores que têm o conhecimento técnico, mas que também têm a prática pedagógica.

E aí, temos um desafio com quem já está dentro também, que é isso, formações muito mal feitas e os professores são largados na sala de aula, não têm o apoio da Prefeitura, não são ouvidos na construção das políticas públicas. É entender que a formação continuada também é muito importante.

A senhora faz várias críticas ao Pablo Marçal, citando relação de figuras do partido dele com o PCC.

E a relação dele também.

O Estadão divulgou, por exemplo, figuras do partido relacionadas a troca de drogas por carros de luxo. Ele diz que não tem relações com essas pessoas. A campanha de redes sociais da senhora foi a primeira a tratar desses temas, agora na TV o Nunes também faz. Isso pode ter ajudado a ampliar a rejeição ao Marçal, mas ao mesmo tempo não transforma a eleição em um plebiscito sobre ele?

Eu fui criada por uma mãe baiana e um pai paraibano e o chinelo voava na minha casa. Eu lembro um dia que eu e meu irmão, a gente trouxe 50 centavos de troco errado da padaria, a gente apanhou e teve que voltar pra padaria pra devolver. É nessa casa que eu fui criada. Nós fazemos o que é certo. E não fazer o que é certo é errado. Se omitir.

O que acontece com Pablo Marçal? Ele mente. E ele mente absurdamente. Todo mundo pode pesquisar: Pablo Marçal fez parte da maior quadrilha de fraude bancária do Brasil e ele sabia. E ele foi preso. E ele só não ficou preso porque ele entregou os comparsas dele e pagou advogado por oito anos pra evadir do sistema prisional, o sistema de Justiça. Pablo Marçal disse que ele não tem amigos ligados ao crime organizado. Tem um vídeo em que eu mostro, desenhando, foto dele com inúmeras pessoas que são ligadas ao crime organizado. Pablo Marçal é uma peça nesse xadrez que a gente está vendo, do crime entrando cada vez mais nas eleições municipais. Todas as vezes que eu expus isso, ou que eu falei sobre isso, não foi por um cálculo eleitoral de curto prazo.

A senhora acredita realmente nisso? Eu li todos esses casos envolvendo o PCC, figuras do PRTB. Em nenhum desses inquéritos existe de fato o nome do Pablo Marçal como alguém faccionado ou envolvido com o PCC. A senhora acredita que é mais do que simplesmente uma questão de campanha?

Acredito. Não é que o Pablo Marçal tem amizade com uma pessoa ligada ao crime organizado. O Pablo Marçal está rodeado de gente que já foi presa. Gente que trocou cocaína por avião, por carro de luxo. Gente que está sendo indiciada. O próprio Pablo Marçal é réu em investigações de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica, homicídio. Me assusta que a sociedade não olhe para isso e não se preocupe. Vimos o que aconteceu na Colômbia com o Pablo Escobar. A gente viu o quanto para o crime é importante ter figuras que façam a lavagem desse dinheiro.

Eu realmente acho que estou fazendo o que é certo, que eu estou fazendo o que é o meu papel. E muitas pessoas acham que é por conta do que ele falou do meu pai. Porque lá atrás, ele é tão mentiroso e tão safado, que pra tentar me desestabilizar ele inventou uma mentira de que meu pai teria se matado por minha culpa quando eu era adolescente. Olha o nível desse ser humano. Mas eu já enfrentei muito criminoso e muita gente pior do que ele e não estou nem aí para isso.

Quando eu venho e trago à tona os crimes dele, os processos dele, as amizades dele, é porque eu nasci, fui criada e moro em São Paulo. E talvez quem está mais próximo da Faria Lima não conheça os impactos do crime organizado na periferia. Mas eu vi gente que foi criada comigo, filho de amiga da minha mãe, ser assassinado com 13 anos de idade, com 14 anos de idade, se perder pras facções e para o crime. Pra mim, nada disso é teórico. Eu perdi meu pai para as drogas com 39 anos de idade.

Quando a gente ouve falar, acho que a gente se permite ter uma visão um pouco mais branda. Quando a gente vive o que eu vivi, quando eu sei qual é a realidade da periferia em relação ao crime, eu não tenho opção de ficar calada.

A senhora fez mudanças na equipe de segurança. A senhora recebeu algum tipo de ameaça sobre esse assunto?

Infelizmente, eu venho recebendo ameaças por telefone, por e-mail, em carta, já há algum tempo. Mas existe uma recomendação de segurança de que eu não comente as medidas de segurança que a gente tomou.

A senhora teme isso, falando diretamente sobres esses casos da principal facção criminosa de São Paulo?

Quando eu decidi que eu ia ser candidata a deputada, sete anos atrás, minha mãe virou e falou 'você é muito bocuda, não faça isso. Você não sobrevive um dia'. E cá estou. Denunciando, enfrentando e, graças ao bom Deus, inteira. E quando eu decidi que seria prefeita de São Paulo eu tinha absoluta clareza do que estava em jogo.

De novo, eu não nasci na Faria Lima. Eu não aprendi essas coisas em um texto. Vindo de onde eu venho você tem absoluta clareza do que acontece em São Paulo. Dos sistemas criminosos, das máfias. Lá atrás eu tinha muito clareza do que eu enfrentaria como prefeita. Dos riscos à minha vida, das brigas que eu teria que comprar.

Mas eu também tenho convicção que eu tenho casca para isso, tenho força para isso. Pablo Marçal é um adiantamento do que eu vou viver como prefeita.

A senhora tem em seu partido o vice-presidente Geraldo Alckmin, que apesar das suas diferenças histórias com Lula, se uniu a ele em uma campanha vitoriosa em 2022 para enfrentar um candidato à reeleição que era Bolsonaro. Agora que a senhora enfrenta um candidato à reeleição, Ricardo Nunes, a senhora não conseguiu repetir a mesma aliança. Por que aconteceu isso? Por que a senhora não teve uma campanha conjunta com o Boulos ou algum outro candidato do PT?

Não aconteceu porque eu não quis. Falta de convite não foi. Eu fui convidada nessa eleição e na última para ser vice de quase todos candidatos que estão postos. Mas eu não tenho nenhuma identificação com o projeto do Guilherme Boulos. Somos absolutamente diferentes no conteúdo e na forma.

Isso você percebe nas posições que eu tenho em relação a ditaduras de esquerda, nas minhas posições econômicas e na forma como eu faço política. Eu acredito muito no dialogo. Eu não estou aqui para defender meu grupinho da rede social, nem levantar o cartaz e ser elogiado por artista. Estou aqui para levar transformação para a vida das pessoas.

Eu sou deputada há seis anos. Nesse tempo eu fui autora, relatora, coautora de 19 projetos aprovados. Quem tem essa cabeça passa a eleição, desmonta palanque e vai para cima e vai com tudo.

O que é que Guilherme Boulos aprovou como deputado? O que é que ele fará como prefeito? Ele vai conseguir trabalhar com Tarcísio ou vai ficar tentando agradar? Somos muito diferentes. Inúmeros convites, nunca considerei estar ao lado dele porque acho que São Paulo merece alguém independente e com capacidade de execução.

Agora a senhora tem tempo para suas considerações finais.

Muito obrigada. Convido a todos a conhecer meus projetos, 'tabataamaralsp' em todas as redes sociais, a chamar a Rita, se você entrar na rede social você vai ver quem é, para conhecer as propostas e dia 6 de outubro votar no 40. Sou a única candidata que não perde para ninguém no segundo turno.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade