Saiba quem deve comparecer ao jantar de Tarcísio para encaminhar PM como vice de Ricardo Nunes
Evento deve ter início a partir das 20h no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo
O jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para definir o candidato a vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição em outubro na capital paulista, deve ter início a partir das 20h no Palácio dos Bandeirantes e reunir as principais lideranças dos 11 partidos que formam a coligação até o momento.
Segundo apurou o Estadão, as principais legendas de sustentação do prefeito já foram procuradas pelo núcleo duro da campanha do emedebista e aceitaram o nome do coronel da reserva da Polícia Militar (PM) Ricardo Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O principal foco de resistência está no Solidariedade, partido de centro-esquerda e de base sindical, e no União Brasil, que ainda não embarcou oficialmente no grupo.
A costura passou a ser encarada pelo entorno de Nunes como inevitável na medida em que o coach Pablo Marçal (PRTB) entrou na disputa e passou a flertar com deputados do PL e com o próprio Bolsonaro, em Brasília. Além disso, a alternativa mais simpática ao prefeito, o secretário municipal de Relações Internacionais, Aldo Rebelo (MDB), negou o convite para ingressar no Republicanos na janela partidária, e decidiu permanecer na prefeitura, o que anulou suas chances de ser indicado por depender de uma "chapa pura" emedebista.
Na sexta-feira, 14, em nova demonstração de força de Bolsonaro, Nunes teve almoço com o ex-presidente, o governador Tarcísio e o próprio coronel no Edifício Matarazzo. O prefeito evitou chamar Mello Araújo de favorito a vice, mas disse que o escolhido de Bolsonaro tinha "argumentos fortes". Publicamente, o tempo de propaganda gratuita em rádio e TV fornecido pelo PL tem sido apontado como o motivo da preferência. Nos bastidores, aliados também citam a necessidade de "amarrar" Bolsonaro na campanha, evitando a dispersão dos votos do eleitorado de direita.
Nunes também já defende publicamente a atuação do coronel Mello no Ceagesp, em uma gestão marcada pela destinação de cargos de confiança a militares. "Ele enfrentou o crime organizado, prendeu pessoas que faziam exploração sexual infantil e organizou as finanças", declarou mais cedo o prefeito durante agenda no bairro Santo Amaro.