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Política

Saiba quem são os alvos da operação da PF que mira a 'Abin paralela' do governo Bolsonaro

Investigações apontam que grupo agiu contra membros dos três poderes e jornalistas, utilizando perfis falsos e divulgando informações falsas

11 jul 2024 - 11h18
(atualizado às 11h44)
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Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
Foto: Divulgação/CGU

Ex-servidores cedidos para Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e influenciadores digitais que trabalhavam no chamado "gabinete do ódio" do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão entre os alvos da 4ª fase da Operação Última Milha, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 11.

O objetivo é desarticular uma organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Abin.

De acordo com informações do colunista do Terra Guilherme Mazieiro, quatro pessoas já foram presas nesta nova fase da operação: Giancarlo Gomes Rodrigues, Matheus Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) na gestão anterior; Marcelo de Araújo Bormevet; e Richards Dyer Pozzer.

As investigações revelaram que o grupo agiu contra membros dos três poderes e jornalistas, utilizando perfis falsos e divulgando informações falsas. Além disso, houve acesso ilegal a computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar indivíduos e agentes públicos.

Conforme levantado pelo jornal O Globo, Marcelo Araújo Bormevet, um dos alvos da 4ª fase da operação, é agente da Polícia Federal desde 2005 e integrou a equipe de segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018. Ganhou a confiança do ex-presidente e do delegado Alexandre Ramagem, que o nomeou chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Bormevet foi assessor na Subchefia Adjunta de Infraestrutura da Casa Civil, cargo do qual foi afastado por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, em janeiro deste ano.

Matheus Sposito, também preso, foi assessor da Secom no governo Bolsonaro e investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid por suposta participação em um 'gabinete paralelo' que promovia o uso de medicamentos sem eficácia comprovada.

Quem também aparece nas investigações é Giancarlo Gomes Rodrigues. No período em que o grupo criminoso atuava, o militar trabalhava como assessor do então diretor da Agência, Alexandre Ramagem.

O quarto alvo é Richards Dyer Pozzer, empresário que já foi investigado pela CPI da Covid por produção de notícias falsas e distribuição de fake news em redes sociais.

Esquema

Conforme revelado por O Globo, a Abin utilizou um programa secreto chamado FirstMile para monitorar a localização de alvos pré-determinados por meio de aparelhos celulares. Após a divulgação da reportagem, a Polícia Federal iniciou um inquérito e descobriu que a ferramenta foi usada para monitorar políticos, jornalistas, advogados e adversários do governo Bolsonaro.

Em comunicado, a Polícia Federal (PF) informou que os investigados poderão ser responsabilizados por crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Além de policiais federais e servidores da Abin, o então diretor Alexandre Ramagem e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, estão sob investigação por suposta participação na chamada “Abin paralela”. Mandados de busca e apreensão foram expedidos contra eles, e ambos negam as acusações.

Fonte: Redação Terra
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