Saiba quem são os candidatos à presidência da Câmara e os seus apoiadores
Eleição para biênio 2025-2026 vai ocorrer neste sábado, 1.º
RIO, BRASÍLIA E SÃO PAULO - Três deputados federais disputarão a presidência da Câmara dos Deputados neste sábado, 1.º, na eleição para o biênio 2025-2026: Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), Hugo Motta (Republicanos-PB) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) anunciou a candidatura do deputado Pastor Henrique Vieira à sucessão de Lira na presidência da Câmara. O deputado eleito pelo Rio está em seu primeiro mandato na Câmara, eleito em 2022.
Henrique Vieira nasceu em Niterói em 15 de abril de 1987. É graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Teologia pela Faculdade Batista do Rio de Janeiro e em História pela Universidade Salgado de Oliveira.
Em 2012, foi eleito vereador em Niterói com 2.878 votos, mas não se reelegeu em 2016, atingindo 3.457 votos. Pastor da Igreja Batista do Caminho, no Rio de Janeiro, Vieira se filiou ao PSOL em 2007.
O pastor é conselheiro do Instituto Vladimir Herzog e, em 2022, se tornou um dos cinco deputados federais eleitos no Estado do Rio de Janeiro pelo PSOL, com 53.933 votos. A legenda tem 13 deputados na bancada.
Marcel Van Hattem (Novo)
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) anunciou oficialmente sua candidatura à presidência da Câmara para, segundo ele, representar uma alternativa de oposição ao governo Lula.
"Não estamos confortáveis com o fato de termos apenas duas candidaturas lançadas, uma do Centrão e outra do PSOL. A oposição precisa ter uma opção, pois entendo que não podemos ficar nas mãos dos mesmos grupos que têm dominado a Câmara e o Senado há tantos anos", disse Van Hattem em nota divulgada nesta segunda-feira, 27.
O deputado se comprometeu ainda com pautas como o impeachment do presidente Lula e a anistia aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro. Além disso, o Van Hattem também defendeu o combate ao abuso de autoridade, criticando o que considera interferências do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Federal (PF).
Com apenas quatro deputados na Câmara, o Novo quer marcar posição e influenciar o debate com a candidatura de Van Hattem. Ele já disputou outras eleições para o comando da Casa, sem sucesso, mas mantém o discurso de que representa uma oposição aos interesses "fisiológicos" e à aliança com o governo.A candidatura enfrenta resistência devido ao favoritismo de Hugo Motta, que conta com o apoio de PT, PL, Republicanos, entre outros partidos. Ainda assim, Van Hattem pode atrair votos de bolsonaristas descontentes.
Recentemente, Van Hattem foi indiciado pela Polícia Federal após acusar o delegado Fábio Schor de produzir "relatórios fraudulentos". Durante um discurso na Câmara, em agosto, ele chamou o delegado de "bandido" e afirmou: "Tenho imunidade parlamentar". O indiciamento provocou reações, inclusive da defesa de Jair Bolsonaro (PL), que classificou a ação como um "ataque ao Parlamento brasileiro."
Em resposta, Van Hattem chamou o indiciamento de "ridículo" e reafirmou sua postura crítica em relação à Polícia Federal. Ele também criticou o indiciamento de Bolsonaro e outras 39 pessoas por suspeita de tramar um golpe, que incluía o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes. "Esses relatórios têm mais furos que queijo suíço", disse.
Atualmente, Van Hattem exerce seu segundo mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Foi vereador do município de Dois Irmãos aos 18 anos, eleito com 697 votos, em 2004; candidato a deputado estadual por três vezes (2006, 11.?656 votos; 2010, 14.068 votos; 2014, 35.345 votos); presidente da Juventude Progressista Gaúcha (2007-2009); e diretor Acadêmico da Fundação Tarso Dutra de Estudos Políticos e Administração Pública.
Trabalhou como assessor especial para relações internacionais e economia na Câmara dos Deputados.
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