Sâmia é atacada nas redes sociais após morte de irmão no Rio: 'Defende bandido'
Diego Ralf Bonfim, irmão da parlamentar foi executado junto com outros dois médicos; Sâmia Bomfim foi acusada de 'romantizar criminosos'
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) foi alvo de ataques nas redes sociais após a morte de seu irmão, Diego Ralf Bonfim, de 35 anos, e de outros dois médicos, no Rio de Janeiro. Um levantamento divulgado pela Lupa mostra que internautas associaram a parlamentar a suposta proteção de bandidos.
Os ataques e discursos de ódio foram feitos por perfis pequenos, que defendem a direita no Brasil, e se opuseram a líderes do conservadorismo, que manifestaram solidariedade à deputada. Entre as publicações, usuários do X (antigo Twitter) acusaram Sâmia de "defender bandido".
"A mesma esquerda que vive romantizando os criminosos, hoje estão nervosos e revoltadinhos... Mas essa mesma escalada violenta em parte é culpa deles", escreveu uma usuária da plataforma.
"Será que agora que a morte bateu na porta da família… ela mudou de ideia, ou ainda defende bandido? Quem não aprende no amor, aprende na dor", publicou outro usuário.
Houve também quem afirmou que a deputada e o PSOL "defendem com unhas e dentes o crime organizado". "Tudo que eles tentam aprovar é em benefício ao bandido: auxílio bandido, legalização de 'pequenos roubos', descriminalização de drogas", completou.
"Pois é Sâmia, a falta de combate à violência do governo que você tanto defende tem seu preço. Se você ajudasse no combate ao crime organizado, talvez seu irmão tivesse vivo", afirmou outra usuária da plataforma, que finalizou a publicação desejando "meus sentimentos" para a deputada.
Conforme o levantamento, até o início da tarde de quinta-feira, 5, 32,7 mil posts sobre o assunto haviam sido feitos no X, conforme um levantamento da da Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O nome de Sâmia ficou nos trending topics da plataforma.
Médicos mortos a tiros
O grupo de criminosos que executou três médicos e deixou um ferido na madrugada desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, disparou 33 vezes contra as vítimas. Segundo informações preliminares divulgadas pelo jornal O Globo, foram utilizadas pistolas calibre 9 mm.
O crime aconteceu por volta de 1h, em um quiosque na Avenida Lúcio Costa, enquanto os médicos confraternizavam. Momentos antes do crime, os médicos chegaram a tirar uma foto juntos.
As vítimas dos atiradores eram de São Paulo e estavam no Rio de Janeiro para um congresso. Os médicos que morreram são Marcos de Andrade Corsato, de 63 anos, Perseu Ribeiro Almeida, de 33, e Diego Ralf Bonfim, de 35, que é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Outro médico, Daniel Sonnewend Proença, foi socorrido com vida, levado ao Hospital Lourenço Jorge e seu quadro é estável. A informação foi confirmada ao Terra pela unidade de saúde.