SC: após 'maratona' de convenções, partidos buscam vices
Cenário político no Estado ainda não está completamente definido
O último dia de prazo da Justiça Eleitoral para convenções partidárias foi marcado por uma verdadeira maratona de encontros e reuniões em Santa Catarina. Mesmo assim, o cenário político local ainda não foi completamete definido: partidos buscam vices e até mesmo nome ao Senado para fecharem as coligações.
Seis partidos fizeram convenções que definiram os rumos para os próximos meses: PP, PSD, PSB, PT, PPS e DEM. O dia começou atribulado após a decisão do PMDB, ainda no domingo, de lançar o ex-prefeito de Florianópolis, Dário Berger, como candidato ao Senado.
A confirmação acabou com os sonhos do atual governador, Raimundo Colombo, do PSD, de buscar uma ampla e inédita coligação em torno de seu nome. Os progressistas dispararam contra o aliado de quatro anos e decidiram, em convenção na noite de segunda-feira retirar o apoio ao governador e lançarem o nome de Esperidião Amin como vice do tucano Paulo Bauer. Aos berros de “o campeão voltou”, Amin prometeu acabar com a “hegemonia” peemedebista no Estado.
O tucano Paulo Bauer foi quem ganhou reforços importantes à sua corrida pelo governo. Além do DEM e do PPS, o tucano fechou com o o PSB. A convenção definiu pelo apoio à sua candidatura e pelo lançamento de Paulo Bornhausen como candidato ao Senado. Apesar de contarem com candidatos distintos à presidência, os dois afirmam participar de um projeto “anti-Dilma”.
Pelos lados do PSD, Raimundo Colombo lançou sua candidatura a reeleição e usou do mesmo discurso usado a cada visita da presidente Dilma Rousseff ao Estado: o da “gratidão”. Ele elogiou peemedebistas que integram sua chapa e disse que “política se faz como amigos”. Como vice, o governador terá o Eduardo Pinho Moreira, do PMDB, a mesma chapa que venceu a eleição no primeiro turno em 2010.
O PT decidiu a sua posição em convenção na cidade de São José, região metropolitana da capital. Os petistas confirmaram o nome do ex-deputado estadual Cláudio Vignatti como candidato ao governo, mas ainda deixaram o nome do vice e do candidato ao Senado em aberto. No partido, a grande questão ainda é a divergência interna: em seu discurso, Vignatti pediu publicamente pelo empenho de sua desafeta, a ministra Ideli Salvatti.
Como sempre ocorre em Santa Catarina, o cenário ainda está indefinido mesmo após as convenções. Até o sábado todas as coligações deve ser registradas junto ao TRE. O PT busca um vice para Vignatti e a possibilidade de Amin ser vice de Bauer ainda será analisada pelas legendas.