Se eleito, Lindbergh quer modificar projeto das UPPs no Rio
Senador teve a candidatura ao governo do Estado do Rio de Janeiro homologada na manhã desta sexta-feira, em convenção estadual dos petistas, no centro da capital fluminense
Manter a política das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro, mas com modificações que considera essenciais para a manutenção deste programa público de segurança. Esta é a a opinião do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que teve na manhã desta sexta-feira, no centro da capital fluminense, a sua candidatura ao governo do Estado homologada em convenção estadual do partido.
Sabedor da popularidade que o programa das UPPs adquiriu desde o seu início, em 2008, na comunidade Santa Marta, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, Lindbergh, se eleito, quer promover duas modificações que considera essenciais.
"Temos que colocar escola em horário integral, com atividades culturais, temos que ter política públicas dirigidas para a juventude. Isso não entrou junto. Só ocupação policial não se sustenta", criticou sobre a grande bandeira peemedebista, alavancada nos dois mandatos de Sérgio Cabral no Estado, e sustentada agora pelo candidato e atual governador, Luiz Fernando Pezão.
"E vamos fazer uma reforma na polícia, que respeite o direito do trabalhador e para que seja de fato um policiamento comunitário. Policiamento de proximidade. É preciso corrigir estes dois pontos para melhorar o projeto das UPPs", complementou o senador petista, que terá ainda como adversários no pleito estadual o também senador e ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRTB-RJ) e o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ).
Ainda no quesito segurança pública, Lindbergh, ao que tudo indica, seguirá o planejamento de campanha do programa nacional petista no que diz respeito ao marketing junto às camadas mais pobres da população. Para isso, ele cita a discrepância que julga existir hoje entre o policiamento dos batalhões e o efetivo utilizado nas UPPs.
"Hoje você tem no Leblon um policial para cada 150 habitantes. Não estou querendo mexer nisso, mas não é justo você ter na Baixada Fluminense um para 1.600 (habitantes). Então, quando eu digo que política de segurança não é só UPP é porque os novos policiais que vão sendo formados, uma parte vai para as UPPs, e outra parte vai para os batalhões, principalmente nestas cidades (mais pobres)", complementou o candidato sobre as mudanças que pretende implementar caso eleito no pleito de outubro.
Na última pesquisa Ibope / Firjan divulgada na última terça-feira, o senador petista aparece apenas em quarto lugar na pesquisa, com 11% das intenções de voto e empatado tecnicamente com Luiz Fernando Pezão (PMDB), com 13% - uma vez que a margem de erro divulgada é de três pontos. Garotinho segue na liderança com 18%, seguido por Crivella, com 16%, em novo empate técnico.