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Política

Líder do PSL: se Flávio Bolsonaro errou, tem de responder

18 jan 2019 - 10h52
(atualizado às 11h26)
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O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), defendeu a prerrogativa do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão das investigações do Ministério Público do Rio relativas ao ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz. O pedido foi atendido nesta quinta-feira, 17, pelo ministro Luiz Fux.

Waldir declarou que ninguém, nem mesmo Jair Bolsonaro, "vai passar a mão na cabeça" de Flávio se houver alguma conduta criminosa. "Se o Flávio é responsável por alguma conduta equivocada, errada, criminosa, ele tem que responder por isso, ninguém vai passar a mão na cabeça dele. Quem erra paga o preço pelo seu erro", disse o líder do partido ao Estadão/Broadcast Político.

O senador eleito Flávio Bolsonaro, no Rio de Janeiro
O senador eleito Flávio Bolsonaro, no Rio de Janeiro
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Mesmo sendo a favor do fim do foro privilegiado para todas as autoridades do País, o deputado disse que, enquanto houver a prerrogativa na Constituição, Flávio tem o direito de usá-la. "Não podemos rasgar a nossa Constituição. Não vivemos numa democracia? Não era isso que se pregava até ontem? Ir ao STF é uma ferramenta da democracia. Se o Lula usa, se qualquer criminoso usa, e as pessoas que ainda não são indiciadas têm direito de usar, se tem um abuso de autoridade e pode se configurar nesse caso, tem que ser usado."

Para o parlamentar, delegado licenciado da Polícia Civil, o Ministério Público precisa ter um "freio" ao conduzir investigações. "Acho que temos que ter um limite, um freio, aquele que acusa tem que mostrar provas, não pode ficar torrando a imagem de uma pessoa sem provas e só com base em informações", declarou, lembrando que o Congresso Nacional chegou a discutir um projeto de lei que punia investigadores por abuso de autoridade.

O líder do partido de Jair Bolsonaro minimizou o impacto da polêmica envolvendo o filho do presidente no governo. "O efeito é zero, não há nenhuma influência no PSL e com o presidente da República", avaliou.

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