Sem citar Pablo Marçal, Tarcísio diz que 'seria um desastre' ter um prefeito ligado ao crime
Governador de São Paulo, que apoia a reeleição de Ricardo Nunes, classificou como 'desastre' caso o poder público mantivesse relações com o crime organizado; correligionários de Pablo Marçal são acusados de envolvimento com o PCC
Sem citar o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta segunda-feira, 26, que "seria um desastre" ter um prefeito ligado ao crime organizado.
"Se a gente passa o tempo todo combatendo o crime organizado, a gente não quer que alguém com conexões com o crime organizado chegue à Prefeitura. Seria um desastre", afirmou o governador em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
A declaração de Tarcísio ocorre após a divulgação de que correligionários de Marçal são acusados por envolvimento com o crime organizado. Como mostrou o Estadão na semana passada, articuladores do PRTB, sigla do ex-coach, são apontados por uma investigação da Polícia Civil como agentes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC.
Além disso, nesta segunda, a deputada federal Tabata Amaral, candidata do PSB à Prefeitura, publicou em suas redes sociais uma crítica contundente a Pablo Marçal, relacionando o empresário ao PCC. "P de Pablo, C de coach, C de criminoso", diz a candidata no vídeo.
A declaração do governador foi replicada pelo perfil no Instagram do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição e conta com o apoio de Tarcísio na disputa.