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Política

Senador Irajá Silvestre é acusado de estupro por modelo

Parlamentar, que é filho de Kátia Abreu, classificou a denúncia como "episódio infame, maldoso e traiçoeiro"

23 nov 2020 - 16h55
(atualizado às 19h36)
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Um boletim de ocorrência por estupro foi registrado na madrugada desta segunda-feira, 23, no 14º Distrito Policial de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, contra o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO), filho da também senadora Kátia Abreu (PP-TO).

Senador Irajá Silvestre é acusado de estupro por modelo
Senador Irajá Silvestre é acusado de estupro por modelo
Foto: Divulgação

O documento aponta que a vítima é uma modelo de 22 anos, que afirma ter conhecido o parlamentar durante um almoço no Jockey Club, na zona sul da capital paulista, no último domingo, 22. Na sequência, segundo o registro da ocorrência obtido pela reportagem, os dois seguiram para a casa noturna Café de La Musique, onde ela teria sido dopada, perdido a consciência e acordado em um flat, no Itaim Bibi, já sendo abusada pelo senador.

No documento consta que a modelo acordou com o parlamentar em cima ela, a penetrando sem preservativo, e dizendo frases como: ‘você é minha’ e ‘estou apaixonado’. Ela relatou à polícia que ficou com medo de ser agredida e, por isso, não resistiu ao abuso, mas pedia insistentemente para ir ao banheiro e tomar água, sem sucesso.

Quando conseguiu sair da cama, após dizer que estava passando mal, a vítima se trancou no banheiro e começou a pedir socorro aos amigos através de mensagens pelo celular. Segundo o boletim, ela só teria deixado o local após a chegada de uma amiga.

Funcionários do hotel foram conduzidos à delegacia para depor como testemunhas. A polícia foi até o local, mas não encontrou o senador. O quarto foi preservado para perícia e a modelo passa por exames de corpo e delito e toxicológicos.

Com a palavra, o senador

“Foi com surpresa, decepção, tristeza e indignação que tomei conhecimento do episódio infame, maldoso e traiçoeiro envolvendo a minha vida e minha dignidade.

Eu sempre pautei minha vida profissional, pública e pessoal pela ética, respeito e retidão, sendo inimaginável ser acusado de algo dessa natureza.

O fato é que, como principal interessado na revelação ampla e total de toda essa farsa, solicitei que meu advogado, Daniel Bialski, reforçasse às autoridades responsáveis pela investigação do caso que requisitassem a realização de exame de corpo delito na acusadora para comprovar a verdade.

Ressalto que compareci espontaneamente à delegacia responsável pela apuração dos fatos e pedi para ser submetido, voluntariamente, a exame de corpo de delito e toxicológico, tudo para desmistificar o quanto aleivosamente alegado.

As filmagens, demais provas e testemunhas hão de repor a verdade no seu devido lugar e vir a declarar minha total e plena inocência.

Confio na polícia e na Justiça e sei que ficará provado que jamais houve nada que possa tangenciar qualquer comportamento inapropriado de minha parte.

Lamento muito ter sido envolvido nesse enredo calunioso e difamatório que busca manchar o meu nome em função da visibilidade momentânea da função que ocupo.

Reitero que aguardarei a conclusão das investigações antes de fazer qualquer nova manifestação. Não pretendo ser atirado para essa arena sórdida. A verdade aparecerá e eu a aguardarei com serenidade.

Declaro e reitero que não cometi ilícito algum e estou à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.”

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