Senadores do PSDB defendem ação de diplomata brasileiro na Bolívia
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) elogiou nesta segunda-feira a atitude do diplomata brasileiro Eduardo Saboia, que ajudou na fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava asilado há 452 dias na embaixada brasileira em La Paz. As informações são da Agência Senado.
“Eu creio que nós devemos ser solidários a Eduardo Saboia, que agiu de forma humanitária, mas acima de tudo agiu diplomaticamente tentando salvaguardar a integridade do senador”, afirmou o tucano.
Para Dias, a abertura de inquérito ou punição ao embaixador do Brasil na Bolívia seria uma injustiça, porque Saboia agiu com "correção e habilidade", uma vez que o resgate foi para salvar a vida do senador, que estava sob responsabilidade do governo brasileiro.
“Em precárias condições, num cubículo, sem tomar sol, depressivo, com cálculo renal, sem receber visitas, nem de familiares. Enfim, isolado, sendo tratado muito mais como preso político do que como asilado.”
Para o tucano, o governo brasileiro estava "afrouxando" diante do governo da Bolívia, fazendo concessões. A situação teria deixado Eduardo Saboia "desconfortável", na opinião do senador, porque o Itamaraty não estaria agindo com o rigor necessário para conseguir o salvo conduto de Molina.
Em relação às denúncias de corrupção que pesam contra o senador boliviano em seu país, o senador disse que não cabia a ele responder. Ele enfatizou que a Bolívia desrespeitou tratado assinado garantindo os direitos humanos dos asilados.
O parlamentar tucano informou ainda que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado acompanhará de perto todas as iniciativas do governo que possam envolver o diplomata Eduardo Saboia.
“Nós achamos que cabe ao governo brasileiro proteger, preservar e defender o seu funcionário e não acusá-lo ou incriminá-lo. Não há nenhuma razão para punição, no nosso entendimento”, disse.
Além de Alvaro Dias, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), afirmou que espera uma concessão rápida de asilo ao boliviano. “Há uma situação insustentável: a violação dos direitos humanos, ameaças. Esse diplomata agiu de acordo com a consciência universal”, disse.
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