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Política

Serra diz que governo está "debilitado" e pode sofrer com CPI da Petrobras

27 mar 2014 - 21h56
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Candidato presidencial do PSDB derrotado em 2010 pela presidente Dilma Rousseff, José Serra afirmou nesta quinta-feira que o governo está "debilitadíssimo" e sofrerá "desgaste" caso o Congresso investigue uma suspeita de corrupção na Petrobras.

"Acho que temos um governo debilitadíssimo e a situação econômica é complicada. A falta de credibilidade é total e influencia as expectativas pessimistas de maneira avassaladora", disse à Agência Efe o ex-governador e ex-prefeito de São Paulo.

Serra fez estas declarações depois que a agência de classificação de risco Standard & Poors rebaixou a nota do Brasil de BBB para BBB-, no último nível do chamado grau de investimento.

Ex-ministro de Planejamento e da Saúde na gestão de Fernando Henrique Cardoso, Serra declarou que no Brasil existe um período de "incerteza" diante da corrida eleitoral para o pleito de 5 de outubro.

Nesse sentido, avaliou que o panorama eleitoral "se definirá melhor" frente a "fatos políticos relevantes" como a denúncia contra a Petrobras.

A polêmica se refere à compra de uma refinaria nos Estados Unidos em 2006, que acarretou perdas milionárias a Petrobras, e inclusive atingiu a presidente Dilma Rousseff, que na época era ministra da Casa Civil e membro do Conselho de Administração da petrolífera.

No Congresso a oposição tenta aprovar a criação de uma CPI sobre este assunto.

"Uma comissão parlamentar desgasta, até porque é uma história não muito bem explicada, com explicações contraditórias dentro do próprio partido de governo", comentou Serra.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho, declarou hoje que uma CPI aberta para o caso da Petrobras deveria também assumir as denúncias por irregularidades nos contratos de trens e do metrô de São Paulo, que atinge diretamente o PSDB.

Vicentinho se refere a suspeita que, sob o governo do PSDB, houve na década passada recebimento de subornos pagos por multinacionais, como a francesa Alstom e a alemã Siemens, entre outras, para serem beneficiárias nas licitações dos contratos.

EFE   
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