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Política

Serviço público 'tem tendência à inércia grande', aponta Rui Costa, ministro da Casa Civil de Lula

Segundo ele, é necessário "fungar no cangote" para ter mais agilidade no setor e as coisas andarem no tempo correto

11 mar 2024 - 19h43
(atualizado às 20h01)
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Rui Costa, ministro da Casa Civil
Rui Costa, ministro da Casa Civil
Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO / Estadão

BRASÍLIA - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou, nesta quarta-feira, 13, que há uma "tendência à inércia grande" no serviço público. Segundo o ministro, é necessário "fungar no cangote" para ter mais agilidade no setor. Costa ressaltou, ainda, que o povo precisa de serviços "hoje e não amanhã" e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sabe cobrar os funcionários.

"Há uma tendência à inércia grande, em geral, no serviço público. Tem uma velha frase: 'não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje'. Então, às vezes, se você deixar solto, pessoal 'deixe para semana que vem, não tem necessidade de fazer agora, ou deixe para amanhã'. Na verdade, é preciso fazer hoje e não amanhã. Porque o povo precisa é hoje", disse em entrevista à Rádio Metrópole, na Bahia.

"Muitas vezes o governante precisa dar calor para as coisas andarem no tempo correto, e o presidente (Lula) sabe dar esse calor", afirmou, ao ser questionado sobre cobranças feitas pelo presidente sobre as ações do governo federal.

Em fevereiro, o governo passou a enfrentar uma pressão de servidores públicos federais por reajuste. Os funcionários do Executivo federal pedem um aumento de 22,71% a 34,32% de forma parcelada até 2026, com parte do reajuste já em 2024. Como contraproposta, o governo Lula apresentou, no máximo, 19,3% em aumentos ao longo do mandato, de forma escalonada até 2026, mas sem nenhum reajuste neste ano.

Atualmente, o governo federal tem 571.873 servidores em atividade, além de 417.115 aposentados e 234.225 pensionistas, totalizando 1,2 milhão de pessoas na folha salarial da União. Em 2023, os gastos com pessoal totalizaram R$ 290 bilhões. A maioria dos servidores ativos ganha de R$ 3 mil a R$ 15 mil.

Estadão
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