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Política

Silas Malafaia diz que será 'duríssimo' e vai 'botar para quebrar' em ato de Bolsonaro no Rio

O ex-chefe do Executivo reunirá parlamentares e governadores em Copacabana no domingo, 21

19 abr 2024 - 13h07
(atualizado às 14h07)
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Jair Bolsonaro, ao centro, ao lado de Silas Malafaia e Michelle Bolsonaro em ato convocado em meio às investigações de um golpe de Estado
Jair Bolsonaro, ao centro, ao lado de Silas Malafaia e Michelle Bolsonaro em ato convocado em meio às investigações de um golpe de Estado
Foto: Taba Benedicto/Estadão / Estadão

O pastor Silas Malafaia disse que vai "botar para quebrar" em seu discurso no ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio neste domingo, 21. O ex-chefe do Executivo reunirá parlamentares e governadores em Copacabana como forma de demonstrar força popular diante das investigações em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), como a que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.

"O que eu vou falar nesse dia 21 de abril não vai ser brinquedo não. Eu vou botar para quebrar", afirmou o aliado do ex-presidente e um dos organizadores da manifestação. Em entrevista à Rádio Auri Verde Brasil nesta quinta-feira, 18, Malafaia também disse que o pronunciamento dele no ato de 25 de fevereiro na Avenida Paulista, em São Paulo, "foi uma água com açúcar" diante do próximo discurso. Na ocasião, em ataque ao STF, afirmou que se prenderem Bolsonaro, "será para a destruição deles".

A primeira manifestação também foi convocada por Bolsonaro para ele se defender de investigações, como as que apuram suposta tentativa de um golpe de Estado após as eleições de 2022; venda de joias recebidas de presente em viagens ao exterior, caso revelado pelo Estadão, criação de uma "Abin paralela" durante o governo dele; falsificação de dados de cartões de vacinação e milícias digitais.

O pastor disse que em Copacabana não vai cometer calúnia, difamação ou injúria, mas será "duríssimo com o que está acontecendo". O objetivo, segundo Malafaia, é "desnudar" o que chamou de "safadeza que está acontecendo no País".

O ato em Copacabana será, de acordo com Bolsonaro, em "defesa da democracia" e contará com governadores, pré-candidatos às eleições municipais de outubro e parlamentares do "núcleo duro" do bolsonarismo.

Sob argumento de que o País está "perto de uma ditadura", o ex-chefe do Executivo pediu aos apoiadores que não levem faixas e cartazes na manifestação, assim como no evento de fevereiro. Em atos anteriores convocados pelo ex-presidente, tornou-se comum o surgimento de faixas pedindo intervenção federal e atacando ministros do Supremo.

A ideia de "perseguição" à direita tem sido utilizada desde o início das investigações que miram Bolsonaro e os aliados dele. Em fevereiro, o ex-presidente foi obrigado a entregar seu passaporte à PF. No começo deste mês, a tese de "censura" aos bolsonaristas ganhou força com os embates entre Moraes e o dono do X, Elon Musk.

Nesta quarta-feira, 17, deputados do Partido Republicano dos Estados Unidos divulgaram relatório que inclui 88 documentos do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a retirada de perfis de redes sociais. As contas foram suspensas por divulgarem informações falsas sobre as urnas eletrônicas, promoverem ataques contra o STF e defenderem instrumentos de supressão de garantias individuais durante a ditadura militar.

Estadão
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