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Política

Sindicalistas dizem que em encontro Alckmin fez acenos a uma chapa com Lula

29 nov 2021 - 18h57
(atualizado às 19h29)
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O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) se reuniu nesta segunda-feira, 29, em São Paulo, com presidentes de centrais sindicais. O encontro foi fechado, mas líderes sindicais ouvidos pelo Estadão afirmaram que Alckmin voltou a fazer acenos a uma hipótese de dobradinha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial do ano que vem. O ex-governador paulista e ex-presidenciável tucano - que deverá deixar o PSDB - fez leituras do cenário político nacional, elogiou Lula e defendeu uma união nacional para o Brasil sair da crise.

Ao Estadão, Miguel Torres, presidente da Força Sindical e um dos articuladores do encontro, disse que há disposição para a união entre Lula e Alckmin tanto de setores do PT como de núcleos do sindicato próximos ao ex-governador. Torres afirmou que esse sinal também partiu do próprio Alckmin. "Lógico que ele não falou que é (o vice de Lula), mas todas as sinalizações que ele deu, ele topa", disse.

Segundo o líder da Força Sindical, o ex-governador elogiou Lula pela capacidade de articulação e defendeu uma união para sair da crise. "Alckmin disse que se preparou para ser governador de São Paulo, agora tem um fato novo nacional, que é preciso avaliar muito", completou.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, que também participou do encontro, disse ao Estadão que Alckmin está "aberto ao diálogo" e que "não descartou a possibilidade de exercer protagonismo" no debate nacional. "Eu diria que a eleição de 2022 reivindica um projeto de nação. Nele, cabe Alckmin e cabe Lula", disse Araújo.

Para Miguel Torres, da Força Sindical, para Lula ter chance de vencer a eleição, é preciso que o nome do vice petista seja alguém mais ligado ao centro.

Há duas semanas, Alckmin disse a jornalistas "ficar muito honrado" por ser lembrado como um possível nome para ser vice-presidente na candidatura de Lula. Três dias depois, o petista disse que não haveria "nada que não possa ser reconciliado" entre ele e o ex-governador paulista.

Alckmin ainda está filiado ao PSDB e negocia uma possível saída do partido. O PSB e o PSD, de Gilberto Kassab, estão entre os possíveis destinos. Ricardo Patah, da UGT, grupo ligado ao PSD, acredita que Alckmin deverá sair candidato pelo PSD ao governo de São Paulo. A reportagem não conseguiu contato com o ex-governador ou sua assessoria.

Estadão
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