Sobe a desaprovação ao governo Bolsonaro, revela Ibope
Avaliação positiva oscilou de 31% para 29% e a parcela de insatisfeitos com a gestão aumentou de 34% para 38%, em relação a levantamento de setembro
O governo Jair Bolsonaro chega ao final de seu primeiro ano mantendo a tendência de queda gradativa na avaliação positiva e de aumento da insatisfação da população. No início de dezembro, a gestão era considerada ótima ou boa por 29% dos brasileiros, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira, 20.
Essa taxa vem oscilando negativamente a cada pesquisa: 35% (abril), 32% (junho), 31% (setembro) e dois pontos porcentuais a menos no resultado atual. Já a parcela que considera o governo ruim ou péssimo aumentou no mesmo período: 27% (abril), 32% (junho), 34% (setembro) e 38% (dezembro).
Os que veem a gestão como regular são 31% - nesse caso há estabilidade em relação aos resultados anteriores.
Além de medir a taxa de satisfação da população em relação ao governo, o Ibope perguntou aos entrevistados se aprovam ou desaprovam a maneira de governar de Bolsonaro. Nesse caso, sem possibilidade de resposta equidistante como a opção "regular", 41% disseram aprovar o presidente, contra 53% que o desaprovam. No levantamento anterior as taxas eram, respectivamente, 44% e 50%.
O nível de confiança dos brasileiros em relação ao presidente também foi medido. A pesquisa mostra que 41% confiam em Bolsonaro, e 56% não confiam.
A insatisfação com os rumos da administração federal é bem maior no segmento feminino. O governo é considerado ruim ou péssimo por 42% das mulheres, taxa dez pontos porcentuais superior à dos homens (32%). Nada menos que seis em cada eleitoras não confiam no presidente. No sexo masculino, o eleitorado se divide pela metade entre os que confiam e os que não confiam.
Também há diferenças significativas de opinião quando se divide o eleitorado por critérios geográficos. No Nordeste, apenas 21% consideram o governo ótimo ou boa. Essa taxa chega a 29%, 32% e 36% nas regiões Sudeste, Norte/Centro-Oeste e Sul, respectivamente.
O Ibope ouviu 2.000 eleitores que, por suas características de renda, gênero, moradia e educação, representam a população brasileira como um todo. As entrevistas foram feitas em 127 municípios, entre os dias 5 a 8 de dezembro.