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Política

"Sou do Centrão", afirma Bolsonaro após reforma ministerial

Presidente criticou o grupo durante as eleições, mas se aliou ao bloco após denúncias contra o seu governo

23 jul 2021 - 09h04
(atualizado às 09h32)
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O presidente Jair Bolsonaro confirmou ontem que o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas e líder do Centrão, vai assumir o comando da Casa Civil, "em busca de uma melhor interlocução com o Parlamento". O chefe do Executivo disse ainda que "Centrão" é um termo "pejorativo" e que ele faz parte do bloco de partidos.

Presidente Jair Bolsonaro
22/07/2021
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro 22/07/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Eu sou do Centrão. Eu fui do PP, do PTB, do então PFL, no passado integrei siglas que foram extintas. O PP, lá atrás, foi extinto, depois nasceu novamente da fusão do PDS com o PPB, se eu não me engano. Agora, nós temos 513 parlamentares. O tal Centrão são alguns partidos que lá atrás se uniram na campanha do Alckmin e ficou, então, rotulado Centrão como algo pejorativo, algo danoso. Não tem nada a ver. Eu nasci de lá", declarou Bolsonaro à Rádio Banda B, de Curitiba.

Ainda segundo o presidente, é necessário fazer alianças para ter uma base no Congresso. "São pouco mais de 200 pessoas. Se você afastar esse partidos de centro, sobram 300 votos para mim. Você afasta cento e poucos parlamentares de esquerda, eu vou governar com um quinto da Câmara? Não tem como governar com um quinto da Câmara. Agora, eu pretendo, dentro das quatro linhas da Constituição, buscar apoio dentro do Parlamento."

Bolsonaro afirmou que vai ser reunir com Nogueira na segunda-feira. "Realmente deve acontecer na semana que vem (a mudança no Ministério), está praticamente certo. Nós vamos colocar um senador na Casa Civil que pode manter um diálogo melhor com o Parlamento. Eu conversei com ele já e ele aceitou", disse o presidente.

O chefe do Executivo destacou a "experiência" de Nogueira. "É uma pessoa que eu conheço há muito tempo. Ele chegou em 1995 na Câmara e eu cheguei em 1991. E eu fui, em mais da metade do meu tempo de parlamentar, do partido Progressistas, que é o partido do Ciro Nogueira, então não teremos problemas", afirmou o presidente. "A Casa Civil é o nosso ministério mais importante, é o que trata inclusive da coordenação entre os ministérios. Então (Nogueira) é uma pessoa que nos interessa pela sua experiência e pode, no meu entender, fazer um bom trabalho."

'Curinga'

Considerado "curinga" no Planalto, Onyx Lorenzoni será transferido para o Ministério do Emprego e Previdência, que será criado com o desmembramento da pasta da Economia. A concentração de atribuições sob o controle do ministro Paulo Guedes é mais uma promessa de campanha deixada de lado em nome de alianças com o Centrão.

Bolsonaro alegou ontem que não haverá aumento de ministérios, pois o presidente do Banco Central perdeu status de ministro, em fevereiro deste ano. "Eu fiz uma reforma ministerial há poucos meses e só ficaram sabendo no dia. Essa, como não tinha problema falar, não nos preocupamos com possíveis vazamentos. O Onyx, que eu chamo de curinga, vai para um novo ministério. Não vai ser aumentado o número de ministérios. Como o Banco Central perdeu esse status, nós restabelecemos os 23 ministérios", disse o presidente. "É uma descompressão do Ministério do Economia, não vamos criar cargos", acrescentou.

O general Luiz Eduardo Ramos, que ocupava a Casa Civil, será mantido no governo como "ministro palaciano", no comando da Secretaria-Geral da Presidência da República.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão
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