SP: marcha 'em defesa da liberdade' pede volta dos militares ao poder
Manifestação organizada pelo Facebook pede intervenção das Forças Armadas diante de suposta ameaça de implantação do comunismo no País
Manifestantes fazem uma marcha na noite desta quarta-feira, na avenida Paulista, região central de São Paulo, em que pedem uma intervenção militar no governo federal. Organizada pelo Facebook, a "Marcha da família com Deus, em defesa da vida, da liberdade, da pátria e da democracia, contra o comunismo" exige a volta das Forças Armadas ao poder, diante de uma suposta ameaça de um regime comunista no Brasil.
"Venha combater a foice e o martelo. As cores de nossa bandeira são verde, amarela, branca e azul anil. Não queremos a cor vermelha. Vermelha de comunistas, de socialistas, vermelha do sangue, do sangue do povo sugado pelos políticos podres, vampiros, genocidas. Sangue dos inocentes, sangue do suor, sangue do terror, sangue da morte", diz o texto que conclama manifestantes no Facebook.
Na rede social, a organização do protesto alega que uma intervenção militar não significa um golpe ou uma ditadura. "É dispositivo constitucional", afirma. "Ou ficamos com a ditadura vermelha bolivariana (de Lula e Fidel - fundadores do Foro de São Paulo, cuja agenda está implantando o comunismo no Brasil), ou pedimos intervenção das Forças Armadas já (cumprimento do artigo 142 da Constituição Federal - em defesa da democracia, em defesa dos poderes constitucionais)", diz o texto.
A manifestação conta com o apoio de grupos como "Amigos da Guarda Civil", "Anti-Neo Ateísmo", "Cristianismo On-line", "Igreja Internet para os Necessitados" e "Conservadorismo Brasil".
Os manifestantes se concentravam desde as 17h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), de onde iniciaram caminhada pela avenida Paulista às 18h30. Às 19h40, o grupo ocupava totalmente a pista sentido Consolação da rua Pamplona.